sábado, 31 de maio de 2008

Sangria

Uma das coisas que sinceramente me vai chateando é a frequência com que tenho de recorrer à minha genialidade natural para provar que o meu ponto de vista, sobre um determinado assunto, está correcto. Sim porque, por esta altura, já devia ser óbvio para toda a gente, principalmente para aqueles mais chegados, que, por definição, o meu ponto de vista está SEMPRE correcto. Eu sei que custa assimilar isto a algumas pessoas mas que é que eu posso fazer? É axiomático. Ter razão está inscrito no meu código genético e não há volta a dar! É isso e a camada grossíssima de modéstia que reveste a minha personalidade. Só para terem uma ideia, posso acrescentar que aquele senhor que nunca se enganou e que raramente tem dúvidas, por esta altura, mesmo em bicos dos pés, ainda só vislumbra a parte inferior dos meus calcanhares.

Isto tudo a propósito de um episódio ocorrido no sábado passado, estava eu a ultimar os preparativos para a festinha caseira. No meio da azáfama pensei em voz alta: “Cerveja… está, vinho… está. Acho que vou fazer também uma sangria…” Reacção imediata da Mrs. Crama: “És maluco! Para que é a sangria!? Ninguém vai beber essa mistela! Não sabes fazer sangria! Vai ficar pior que a zurrapa do Vitó!”... and so on, and so on. Pois como devem imaginar, custa muito ouvir injúrias destas, principalmente a parte do Vitó. São flechas que furam a carapaça da minha indiferença e se espetam no âmago do meu orgulho. Como a violência doméstica agora é crime público, não me restou outra alternativa se não preparar a melhor sangria já alguma vez provada no Mundo em geral e no Universo em particular. Posto isto, fechei-me na cozinha, reuni todos os ingredientes à disposição e, qual Grenouille das beberagens, tratei de engendrar, não uma mas duas sangrias que deixassem toda a gente enfeitiçada. Como podem imaginar, se assim o pensei melhor o fiz: as sangrias – tinta e branca – foram as primeiras bebidas a desaparecerem e, sem sombra de dúvidas, contribuíram decisivamente para o nível de animação dos convivas, registado a partir de determinada altura. E assim, mais uma vez, a Mrs. Crama engolia, da pior maneira mas com a melhor sangria, todos os desaforos proferidos: “Epá, isto está “muuuita” bom! Não sabia que fazias tão bem sangria!”

Como, para além de genial e modesto, sou uma pessoa extremamente altruísta, fica aqui a receita, não das sangrias feitas por altura da festa, mas de uma outra, ainda melhor, que garantirá a quem a preparou os mais rasgados elogios e até quem sabe, em condições especiais, algum sexo não-pago.

Ingredientes:

750ml de vinho tinto
500ml de Seven-Up
½ laranja
½ limão
½ maçã
12 cerejas
6 morangos
1 ramo de hortelã
1 pau de canela
4 colheres de sopa de açúcar

Preparação

Lave bem as frutas e a hortelã. Corte a laranja e o limão às semi-rodelas, a maçã aos cubos pequenos, as cerejas e os morangos ao meio (tirando o caroço às cerejas). Deite tudo num jarro de 2 litros, juntamente com a hortelã, o pau de canela e o açúcar. Acrescente o vinho, mexa até dissolver o açúcar e leve ao frigorífico, durante pelo menos uma hora. A Seven-Up também deverá ser guardada no frigorífico. (Atenção que deve ser mesmo Seven-Up, ou em alternativa Sprite. Esqueça gasosas manhosas. Em relação ao vinho recomendo um (bom) tinto encorpado, de cor carregada e com bom teor alcoólico.)

Cerca de meia-hora antes de servir a sangria, transfira o jarro e a Seven-Up para a arca congeladora. Um dos segredos da sangria é arrefecer ao máximo as bebidas dispensando-se a utilização de gelo, o que iria “aguar” a bebida, após algum tempo; o segundo segredo consiste em juntar a Seven-Up ao vinho só na altura de servir, de modo a que a sangria esteja viva e fresca.

Para finalizar então, quando ambas as bebidas estiverem muito bem geladas, retire da arca, junte a Seven-Up ao jarro, mexa ligeiramente e sirva de imediato.

Como alternativa, se quiser preparar uma sangria “branca”, para além da substituição óbvia do vinho, troque os morangos por nêsperas e as cerejas por pêssego.

quinta-feira, 29 de maio de 2008

terça-feira, 27 de maio de 2008

Cat Power @ Coliseu dos Recreios

“À terceira foi de vez” ou “A gata fez-se leoa” poderão ser, muito bem, os títulos das notícias do concerto da Cat Power, ontem, no Coliseu dos Recreios. Depois do fiasco de Matosinhos e do não-tão-bom-concerto da Aula Magna, a menina bonita da indie americana, que por esta altura já devia ser minha assalariada, deu finalmente um concerto convincente e à altura do seu talento. Destaque também para o grande desempenho da Dirty Delta Blues Band que me parece ser uma das razões da estabilidade da Cat. Infelizmente, o que se ganhou em maturidade e profissionalismo perdeu-se em intimidade e imprevisibilidade. Tirando uns “obrigadas” e umas frases esporádicas, Cat Power resumiu-se ao que a trazia ali: cantar, muito – duas horas – e bem. Para além da gata mais esquiva, também fiquei com pena de já não haver lugar para as interpretações de antigamente a solo ao piano, que tanto podiam correr mal e serem autênticos desastres, como correrem bem e serem momentos sublimes. E aquela versão de “The greatest” não entra nem barrada de chocolate. Tirando isso e algumas falhas ao nível do som, foi um belo concerto. Muito bom, mesmo! De tal maneira que sonhei com ele a noite toda. É claro que admito que sou suspeito para opinar: é difícil falar da actuação de alguém por quem se está apaixonado. Mas também, como não estar? Com aquela voz doce e rouca que me encanta, com tantas (ou mais) pancas do que eu, de 1972 como eu, e a dançar de uma forma quase tão ridícula quanto eu… Enfim… Só não digo que casaria com a Cat Power porque já tenho esse assunto muito bem resolvido mas que a adoptava, ai isso é que a adoptava! Ao fim ao cabo, quem cria uma Cat, cria duas. Na boa!

Set List
Don't explain / A woman left lonely / Silver stallion / New York, New Nork / Lost someone / Dreams / Lord, help the poor and needy / Dark end of the street / She's got you / Metal heart / Making believe / Hey Aretha sing one for me / Ramblin' (wo)man / Blue / Where is my love / The moon / The greatest / Lived in bars / Life of the party / Could we / Satisfaction / Angelitos negros / I've been loving you

Reportagem Blitz
Video de um Youtuber que conseguiu contornar as chatas das lanterninhas. Bem haja.





PS – Melhor que o concerto, só mesmo a companhia! Bem hajas A!

Eu ainda sou do tempo...

... em que havia Primavera!
Nessa altura é que era!
Bons velhos tempos!

domingo, 25 de maio de 2008

Treinos

Estou que não posso

O pior não é a ressaca em si.
O pior é a ressaca em mim.

Das antigas




E aqui fica a música pedida por várias famílias que o DJ infelizmente não encontrou. Pelos prejuízos causados, as minhas sinceras desculpas.

Primavera Azul - Hector Acosta

terça-feira, 20 de maio de 2008

D'Avis

Devido a alguma falta de vagar, tenho me esquecido de mencionar alguns restaurantes que merecem ficar aqui referenciados para uma eventual segunda visita. Um deles é, sem sombra de dúvidas, o Restaurante D’Avis.
Sugerido pela SA, para mais um almoço do Gang de 72, foi visitado, em boa hora, no passado mês de Abril. Trata-se de um restaurante de inspiração genuinamente alentejana, que vai do ambiente – rústico e acolhedor – ao menu. Da refeição desfrutada, destaco a excelente caldeta de cação que, passado mais de um mês, ainda retenho na memória. Recordo também uma boa lista de doces, onde constavam algumas das delícias conventuais, típicas do Alentejo, como o pão de rala, o sericá, a enxarcada, entre outros. Atenção que recordo apenas por ter visto e por ter registado a opinião dos companheiros de refeição, porque eu, nem sei como, consegui resistir à tentação de comer uma destas bombinhas calóricas! Para finalizar, uma nota para o bom sortido de entradas e para o serviço que, apesar de pouco formal, não compromete.

Conclusão: um restaurante onde me senti a almoçar como se estivesse em casa da minha sogra. (Para quem não sabe, isto é um grande elogio.)

Restaurante D’Avis
Rua do Grilo, 96/98
1900-707 Lisboa
Tel: 218681354

Ai se as minhas imperiais sabem!

domingo, 18 de maio de 2008

Preparativos



A Feira de Maio está quase aí, e na Azambuja fazem-se os últimos preparativos para a grande festa anual que, como manda a tradição, se realiza no último fim-de-semana de Maio. Este ano, a coisa promete. A vila está (quase) de cara lavada e, pelo que vejo, parece-me haver mais tertúlias assim como um maior envolvimento dos jovens. Musicalmente, o destaque vai para a actuação da fadista Dana e dos consagrados Da Weasel. Aqui por casa, prepara-se também a festa de sábado. Em relação ao ano passado, vão estar mais do dobro das pessoas, apesar de algumas baixas de vulto. Àqueles que estão convidados, pede-se que tragam fome, sede e boa disposição. Nós cá vos esperamos.

Monomonkey + Till @ Musicbox

Mais uma vez a Undergrave saca um espectáculo que nos arranca da campa e nos faz ver o sol à meia-noite. Ontem, coube aos tugas Monomonkey, e aos sérvios Till, a tarefa de escavar, com guitarras rasgadas e baterias pesadas, em busca das nossas almas. Destaque ainda para o homem dos pratos que iniciou a sonorização da noite no Cais do Sodré. Kraak: acho que as minhas imperiais se estão a apaixonar pela “tua” música.

Para mais tarde recordar, dois clips com o selo Crama Produções Impróprias.


Não é de Genebra

- Deixa-me ajudar-te a apertar o roupão.

- Não.

- Vá lá…

- Não! Eu faço sozinha!

Depois de não conseguir:

- Óh avó, ajuda-me lá a apertar isto.

- Não sei a quem sais tão teimosa!

- Ao pai e à mãe.

E o burro sou eu!?

O único gajo que concorreu ao MEGA-CONCURSO TILL, imprimiu a página A4 com as frases e o cartaz e… esqueceu-se dela em casa.

Ai, ai… Já os vi começarem por menos.

PS - Apesar do percalço, teve direito à imperial e ao disco.

Veia beirã

- Cerejas com queijo da serra!?

- Sim, eu gosto.

- Nunca vi comer cerejas com queijo da serra!?

- Estás a ver agora.

Jean Paul tu va dancer!

O que acaba de suceder é que a Náusea desapareceu. Quando a voz se levantou, no silêncio, senti o meu corpo contrair-se, e a Náusea dissipou-se. Bruscamente: era quase penoso tornar-se assim duro, rutilante. Ao mesmo tempo, a duração da música dilatava-se, inchava como uma tromba marinha. Enchia a sala com a sua transparência metálica, esborrachando contra a parede o nos­so tempo miserável. Agora estou dentro da música. Nos espelhos rolam bolas de fogo; cercam-nos anéis de rumo, que giram, en­cobrindo e descobrindo o sorriso duro da luz. O meu copo de cer­veja encolheu, está acalcado contra a mesa: tem um ar de coisa densa, indispensável. Quero agarrá-lo, tomar-lhe o peso, estendo o braço... Meu Deus! Eis o que mudou; foram sobretudo os meus gestos. O movimento do meu braço desenvolveu-se como um tema majestoso, insinuou-se ao longo da canção da preta; tive a impressão de dançar.

Jean Paul Sartre, in A Náusea


sábado, 17 de maio de 2008

Já não chegava a mãe!

- Óh pai, eu estou bonita?

- Sim filha, estás muito bonita!

- Estou bonita, assim magrinha!

- Não, tu não estás magrinha! Não estás nem magrinha, nem gordinha, estás bem. Assim como o pai. O pai também não está gordinho, nem magrinho, está bem.

- Pai... tu estás um bocadinho gordinho!

- E tu estás aqui, estás na cama!

quinta-feira, 15 de maio de 2008

Find Baldeleine

Por favor ajudem-nos a encontrar o nosso balde.
Sentimos muito a sua falta, especialmente os gémeos, Vidrão e Papelão. Ele era praticamente uma segunda mãe para eles.
Abrimos uma conta para que possam enviar os vossos donativos. Não se acanhem.
Bem hajam.

quarta-feira, 14 de maio de 2008

MEGA-CONCURSO TILL

Com a agitação do fim-de-semana, mais as recentes buscas à procura do balde desaparecido, tenho me esquecido de mencionar um evento que poderá muito bem eclipsar todo o hype gerado em torno do concerto dos The National. Falo, claro está, do concerto dos Till + Monomonkey + Kraak (DJ Set), agendado para o próximo dia 17 de Maio, no Musicbox.

Para me redimir desta falha gravíssima e num sincero esforço para tentar ressarcir os leitores/comentadores que aguentam ler as bacoradas que para aqui vou escrevendo, sem ameaçarem a minha família e sem enviarem gatos mortos para minha casa, decidi promover um concurso que premiará algumas dessas santas almas que tanto tenho torturado. As regras são simples. Basta imprimir numa folha A4 a imagem com o cartaz do concerto, juntamente com as frases:

Crama, o teu blog é uma seca! Paga-me uma imperial!

Os primeiros cinco detentores de uma folha A4 nestas condições, que aparecerem no Musicbox(1), a partir das 23 horas, ganham, para além da referida imperial(2), um disco caseiro altamente pirateado, perdão masterizado, com o alinhamento do concerto dos The National na Aula Magna.

(1) - “no Musicbox” quer dizer “dentro do Musicbox” e não “à porta do Musicbox”. Traduzindo: o bilhete fica por vossa conta. Ah pois! Não queriam mais nada!

(2) - Para quem não gosta de cerveja, vale uma bebida de igual valor.

AVISO: Se me vierem “práqui” com merdas relativamente às regras do concurso, tretas do governo civil ou outras paneleirices, as imperiais ficam todas para mim.

Mais informações sobre as bandas/concerto chez Ritocas

Till no MySpace

Monomonkey no MySpace

Mestre

Esqueceu-se que não podia fumar no avião.

Já estás a ficar preocupado com a concorrência, não é!?
Deixa! Não perdes pela demora!

A Náusea, de Jean-Paul Sartre

Primeiro esbarro com a Moura Guedes na TVI, agora Sartre!
Realmente meto-me em cada uma!

terça-feira, 13 de maio de 2008

Special one

Ao ler o post aqui de baixo, constato, sem sombra para dúvidas, que alguma coisa não está bem e que algures no passado, uma fronteira qualquer foi decididamente ultrapassada. Eu diria mesmo que bati no fundo, do quê, não sei mas é um facto inegável. Ir despejar um caixote do lixo (embalagens neste caso) e esquecer-me de trazer de volta a casa o balde, é a prova acabada de que realmente algo está muito errado com o meu amendoim intra-craniano. Eu sei que como muito queijo mas, porra, isso não explica tudo! A Mrs. Crama diz-me que devo ir a um médico, dado que, na sua opinião, isto só pode ser qualquer coisa de Alzeimer para cima. Eu, no entanto, ando a tentar arranjar uma explicação mais lógica para estes fenómenos. Parece-me que esta minha… chamemos-lhe agora, para variar, habilidade, que me leva a esquecer de tudo em todo o lado, só pode ser um sinal de que sou um ser peculiar, diria mesmo especial e, como tal, predestinado a algo que por enquanto me está a escapar. Fazer rir os outros, é uma conclusão óbvia mas até nisso tenho as minhas dúvidas. Até a Mrs. Crama, que é a maior fã do meu trabalho, não vai achando piada nenhuma ao negócio, tendo inclusive garantido que me tinha dado uma pêra nas ventas, caso eu estivesse em casa, quando ela deu por falta do balde(1). Acho por isso que deve ser outra coisa um poucochinho mais grandiosa. A minha última teoria é que esta minha faceta é um claro indício de que talvez me devesse candidatar a primeiro-ministro. É que nestas coisas de esquecer as promessas que se fez, desconfio que tenho capacidades para fazer muito melhor que o nosso Sócrates. Atenção, desconfio…

(1) - Já viste SA, levas-me a concertos e ainda me salvas a vida!

Aviso

Desapareceu de sua casa, no dia 11/05/2008, o Sr. Balde do Lixo de 75 Litros que também responde pelo nome de Ecoponto das Embalagens Jr.. Trata-se de um indivíduo azul com tampa da mesma cor, que mede cerca 90cm de altura, 50cm de diâmetro e que tinha como ocupação a recolha de embalagens para reciclagem.
A última vez que foi visto encontrava-se junto de um Ecoponto Sénior, na vila de Azambuja, acompanhado de um indivíduo moreno, de 1,75m, cabelo rapado, que aparentava sintomas óbvios de perturbações mentais e que se julga estar envolvido no seu desaparecimento.
Pede-se a quem tenha alguma informação referente ao seu paradeiro, o favor de contactar o dono deste blog através do mail indicado no perfil.

segunda-feira, 12 de maio de 2008

The National @ Aula Magna

Como é que eu, a 48 horas deste concerto, tinha como mais certo não estar aqui? Foi esta pergunta que fiz a mim próprio, por volta das 22:30 de ontem, e que, passadas 24 horas, ainda não saiu deste espaço, pequeno e oco, circunscrito pelo meu crânio. Não ver estes rapazes, não ouvir estes acordes, não sentir esta energia? Como? Como foi possível não ter ido comprar logo o bilhete, assim que li a notícia em primeiríssima mão? Como foi que não adivinhei que os bilhetes esgotariam numa semana? Como foi que deixei que a minha presença, ontem, na Aula Magna, fosse fruto de uma série improvável de acasos e da imensa generosidade da SA? A resposta a todas estas perguntas só a encontro num verso de uma das músicas dos The National, gritado ontem a plenos pulmões pelo Matt: “My mind’s not right”.


(Video de uma actuação, igualmente impressionante, em Zagreb)

Mas o que é certo é que estive lá e que graças a isso ainda tenho os The National impregnados em todos os poros. Que banda, meu Deus! Que concerto! Sobre este remeto-me para aqui e mais não digo. O que poderia acrescentar não consigo exprimir por palavras. Pelo menos, num texto em formato de post. Também não consigo exprimir por palavras a minha gratidão à SA, que tem, neste momento e por definição jurídica, o poder de me escravizar. Aliás, como pagamento inicial da minha imensa dívida fica aqui um clip caseiro com uma musiquinha que sei que ela gosta. ;)



Só mais uma palavrinha à Rita e ao Kraak: Desculpem não ter estado mais tempo com vocês mas o dia, apesar de bom, foi um pouco complicado. De qualquer maneira, fica também aqui um clip com a estratosférica “Mr. November”, que o Kraak com certeza não irá esquecer (seu sortudo!!!).


E é assim, ainda a flutuar, que vos deixo.

In the basement of my brain...

... the meeting is still going on.

domingo, 11 de maio de 2008

Diamanda Galás @ Aula Magna

Quando a SA me falou na Diamanda Galás e do seu concerto agendado para a Aula Magna, o meu desconhecimento sobre esta senhora era total. Depois de pesquisar um pouco, descobri que afinal até já tinha ouvido algumas músicas dela, se bem que na forma de excertos, nos excelentes filmes Dracula e Natural Born Killers. Apesar disto, a audição de algumas das suas performances levou-me a concluir que seria um concerto que, em condições normais, me passaria ao lado. Tratando-se de um convite, não iria dizer que não. Já a minha avó me dizia: não se diz "não gosto" antes de provar.

Regressado agora do concerto, não me vou pôr aqui com considerações qualitativas sobre a música da Diamanda e aceito perfeitamente que o facto de não ter apreciado o que ouvi, passa mais por falta de formatação do meu ouvido relativamente ao que ela canta e toca. Duas coisas são no entanto inegáveis: o poder de fogo das cordas vocais da Diamanda é comparável ao de uma arma de destruição massiva – penso que por esta altura devem andar técnicos do LNEC à procura de eventuais danos na estrutura do edifício da Aula Magna – e o piano é muito bem tratado. E por aqui me fico.

Se me perguntarem: gostaste do concerto da Diamanda? Sinceramente, com excepção de alguns momentos, não, por não ser a minha onda.

Se estou arrependido de ter ido? Nem pensar.

Fica um video de "recuerdo" (péssimo como é habito).


PS - Mais uma vez, obrigado SA! Pelo convite e pela companhia.

sábado, 10 de maio de 2008

Foi daqui que pediram uma carrada de mete-nojo?


Bom, aviso já que neste post, a título excepcional, vou permitir que na área de comentários sejam inscritas algumas mensagens insultuosas à minha pessoa. Ligeiramente insultuosas, leia-se bem! Isto porque tenho de admitir que o que vou escrever a seguir atinge “praí” o valor de 9 na escala de Richter-Mete-Nojo.

Estão preparados? Então aí vai:

(SMS matinal da melhor colega do mundo e arredores)

“Bom dia. Já tenho comigo os bilhetes.

Diamanda às 21:00

The National 22:00”

E é assim, flutuando, que vos deixo.

Até loguinho.

PS - Para a SA: bem-hajas, bem-hajas, bem-hajas, bem-hajas, bem-hajas, bem-hajas, bem-hajas, bem-hajas, bem-hajas, bem-hajas, bem-hajas, bem-hajas, bem-hajas, bem-hajas, bem-hajas, bem-hajas, bem-hajas, bem-hajas, bem-hajas, bem-hajas, bem-hajas, bem-hajas, bem-hajas, bem-hajas, bem-hajas, bem-hajas, bem-hajas, bem-hajas, bem-hajas, bem-hajas, bem-hajas, bem-hajas, bem-hajas, bem-hajas, bem-hajas, bem-hajas, bem-hajas, bem-hajas!!!!!!!!!!!!

sexta-feira, 9 de maio de 2008

Shock and awe

Quando, do alto dos meus 35 anitos, penso que já nada me pode surpreender, eis que um acontecimento verdadeiramente assombroso varre toda esta minha estrutura de certezas.

Não, não estou a falar dos 100.000 mortos na Birmânia, também não foram as taradices do Fritzl lá na Áustria, nem sequer a hipótese de um regresso de Pedro Santana Lopes à liderança do PSD. Não senhor! Acabo de ver a Manuela Moura Guedes a apresentar o Jornal Nacional da TVI, ainda por cima, a ler artigos de opinião do Vasco Pulido Valente!

Eu que já não brincava com um controlo remoto há tanto tempo, tenho mesmo de me deixar destas aventuras. O zapping vai sendo um desporto cada vez mais violento.

First I take Manhattan...

Parece que as fotografias que tirei durante isto, despertaram o interesse de publicações relacionadas com o mundo equestre, e que algumas poderão mesmo ser publicadas.
Estão a ver o padrão?
Grammy para melhor aplauso, a seguir o prémio do World Press Photo…
O que se seguirá?
Talvez a atribuição de três estrelas Michelin para a minha cabidela? Só pode.
Sinto que estou numa toada imparável.

quinta-feira, 8 de maio de 2008

Corsage

Agradecendo o convite, mas infelizmente tendo de declinar, deixo aqui a sugestão para quem esteja interessado num programa para amanhã.

Corsage @ MySpace

Não há fome que não dê em fartura

Começou logo por ser algo de inédito. Uma banda de culto que regressaria a Portugal, passados 7 anos. Depois foram-se juntando outros nomes naquilo que passou a ser um bom dia de festival. Não descansados, continuaram a acrescentar o cartaz tornando a coisa no mínimo obrigatória. Neste momento a fartura é tanta que eu já acho que vai ser um péssimo dia de festival. É que com tanta banda de que gosto, e havendo mais do que um palco, tenho a certeza de que vou perder muita coisa boa, naquele dia 10.

Digam-me lá se eu não tenho razão?

Cartaz do Optimus Alive!08.

10 de Julho

Rage Against the Machine
The Hives
Spiritualized
Gogol Bordello
Cansei de Ser Sexy
Hercules and Love Affair
The National
MGMT
Vampire Weekend
Sons of Albion
Galactic
Peaches (DJ Set)
Tiga
Boys Noize

11 de Julho

Bob Dylan
Within Temptation
John Butler Trio
Nouvelle Vague
Showcase Ed Bangers (Uffie and Feadz, DJ Mehdi, SebastiAn, Vicarious Bliss, MR Flash, Krazy Baldhead e Busy P)

12 de Julho

Neil Young
Ben Harper & The Innocent Criminals
Róisín Murphy
Donavon Frankenreiter
The Gossip

MSTRKRFT
Xavier Rudd
Brodinski

quarta-feira, 7 de maio de 2008

Quem!?

Mas quem é que pôs esta merda das estrelas no MEU BLOG?

Parece que há gajos fartos de viver com os fémures inteiros.

Penso eu de que...

segunda-feira, 5 de maio de 2008

AVISO

O Departamento de Saúde alerta que os bilhetes para o concerto dos The National, que ocorrerá no próximo dia 11 de Maio, na Aula Magna, estão impregnados com uma substância altamente tóxica que provoca, entre outros sintomas, impotência e queda de cabelo (no caso de pessoas do sexo masculino) e esterilidade e TPM permanente (no caso de pessoas do sexo feminino).

Informam-se aqueles que estejam na posse destes bilhetes que os devem entregar imediatamente à empresa de recolha de resíduos perigosos - ECOCRAMA - que se encarregará de lhes dar destino apropriado. Para entrar em contacto com esta empresa, utilizar por favor o seguinte endereço de correio electrónico:

p e t e r c r a m a @ s i m p l e s n e t . p t

O Perfume, de Patrick Süskind

Por duas vezes comecei a ler este livro e por duas vezes a leitura foi interrompida ao fim de uma mão-cheia de páginas. Depois saiu o filme e não o vi por ainda não ter lido o livro. A ver se é desta que me perfumo.

domingo, 4 de maio de 2008

Dia da Mãe


O que podia ser melhor que passar este dia com a mãe?
Passar este dia com 5 mães...

sábado, 3 de maio de 2008

A Naifa @ Teatro Sá da Bandeira - Santarém

Junte-se num caldeirão fumegante poesia contemporânea, fado, rock e uns toques de electrónica. Sirva-se com uma bateria, um baixo, uma guitarra portuguesa e um vozeirão em forma de mulher. Eis A Naifa. O projecto de Maria Antónia Mendes (voz), João Aguardela (baixo), Luis Varatojo (guitarra portuguesa) e Paulo Martins (bateria) que anda a apresentar pelo país o seu terceiro álbum “Uma inocente inclinação para o mal”. Hoje, foi a vez de Santarém receber A Naifa e eu e o J. lá estivemos a assistir a um concerto simplesmente memorável.

E foi assim que terminou.



A Naifa no MySpace
A Naifa na Blogolândia

quinta-feira, 1 de maio de 2008