sábado, 29 de novembro de 2008

London



Pois é! Já cá estou, cheio de pena por não ter ficado lá mais uns dias. Tanta coisa que ficou por ver! Londres parece inesgotável. Quanto mais se conhece mais nos apercebemos de coisas que não vamos conseguir ver ou fazer. E não estou só a falar dos monumentos ou de atracções para turista ver. Estou a falar de andar de double-decker, beber pints nos pubs, tomar o chá das cinco ou uma refeição em espaços todos “trendy”, usufruir daqueles parques maravilhosos, apreciar o humor que põem na mais pequena conversa… Ai, ai! Que belos dias se podem passar em Londres! Infelizmente o consumo de recursos (leia-se guito, money, argent…) corta pela raiz as hipóteses de prolongamento da estadia, ou regresso a curto prazo. De qualquer maneira, tenho quase como certo que será uma cidade onde hei-de voltar no futuro. Espero é, na altura, apanhar tão bom tempo como desta vez. Tirando a manhã de domingo, que começou com neve (sim, neve!) passando depois a chuva intensa, apanhámos quase sempre céu limpo ou pouco nublado. É claro que estava frio, muito frio, mas nesse aspecto íamos muito bem prevenidos. Com estas condições, deu para fazer aquilo que mais gosto nestas visitas: passear a pé. E como passeamos! Acho que fizemos mais de 100km nos dias que lá estivemos. Chegávamos estafadíssimos ao hotel mas era aquele cansaço que sabe bem, por sabermos que foi proveitoso. É aquela velha máxima do “quem corre por gosto não cansa”. E depois houve o concerto dos I’m from Barcelona que foi… nem sei como descrever… foi uma festa, uma festa no mais profundo sentido da palavra, alegria em estado puro. Os janados daqueles suecos realmente sabem pôr pessoas bem dispostas como ninguém. E não é só a música, pop-rock adocicado e saltitão, que é responsável por isto, é também a alegria e satisfação sinceras que se percebem na sua actuação, é a facilidade com que interagem com o público, deixando claro que não há nenhuma barreira entre palco e plateia, que toda a sala é “party territory” destinado a ser usufruído por todos sem regras nem tabus. É claro que isto também só é possível com uma boa “casa”, ou seja, com pessoas civilizadas mas que estejam predispostas a se divertirem despudoradamente o que foi o caso, tirando a fase “da vergonha” logo no início do concerto. Enfim… muito, muito bom! Para a Mrs. Crama, foi o melhor concerto de sempre. Ficou impressionadíssima. Eu tenho mais dificuldade em atribuir estes títulos absolutos mas se houvesse uns Crama de Ouro, dava-lhes o prémio “Não há festa como esta”. Por outro lado, também não fui apanhado tão de surpresa pois já tinha visto muitos clipes no YouTube e já desconfiava que a coisa se passava mais ou menos daquela maneira mas, mesmo assim, superou as minhas (altas) expectativas.
Ficam mais uns clipes da Crama TV, também conhecida pela YouSuck TV, dos momentos altos concerto.

Este é o momento em que o Emanuel chama uma aniversariante ao palco e com a Paper Planes faz entrar o concerto em full party mode.


Aqui a dupla Oversleeping/We're from Barcelona


A apoteose já no final com Treehouse


PS - A quem de direito: desculpa o déjà vu. :(

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Souvenirs

I'm back!

Ah! Pensavam que era o fim!? Julgavam que a miséria por aqui tinha acabado? Que o bom senso tinha prevalecido e o ridículo terminado? Que na blogosfera ia se poder agora respirar? Que os vossos dias iam enfim melhorar?
Wrong!
A emissão segue dentro de momentos.

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Fomos a banhos

É a viding!

- E eu também vou?
- Não, tu ficas cá. É passeio de crescidos.
- Vão namorar, é?
- É isso.
- Opá! Vocês também estão sempre a namorar!

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Gente de Dublin, de James Joyce

Até o ar me engorda

Sábado – Feijoada à Transmoncrama
Domingo – Feijoada de chocos
Segunda – Sopa da pedra
Terça – Feijoada à Transmontana
Quarta – Cozido à portuguesa

Com esta dieta, praticamente vegetariana, não percebo como não consigo emagrecer!

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Reminiscência

Crama na autoestrada

Senhores que conduzem carripanas com Via Verde, passam na Via Verde.
Senhores que conduzem carripanas que não têm Via Verde, não passam na Via Verde.
Senhores que conduzem carripanas que não têm Via Verde mas que gostam de viver as emoções da vida, de testar os limites, de rasgar as fronteiras do conhecimento – há também quem lhes chame despassarados – passam, mesmo assim, na Via Verde, e depois vêem luzes a piscar, ouvem sirenes, pessoas estranhas falam para eles e gesticulam de modo estranho e… é basicamente isto, ou seja, em vez de experimentar algo parecido a uma trip de LSD sem efeitos colaterais, perdem duas horas e fazem 40km para escapar à bela da multa. Não aconselho.

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Reminiscência

Fim-de-semana musical

Eu sabia que ia precisar das baterias bem carregadas. O fim-de-semana previa-se agitado e as hostilidades sobre as pobres desgraçadas avizinhavam-se fortes e variadas.
Coube aos You Should Go Ahead o arranque da jornada musical, na noite de sexta, no Santiago Alquimista. Banda portuguesa de créditos firmados, desfilaram, durante cerca de uma hora, um conjunto de temas dos seus dois álbuns: You Should Go Ahead, de 2006, e Emotional Cocktail, editado este ano. Excelente prestação, à qual só faltou um ambiente mais quente do outro lado do palco.


Seguiram-se os Infadels, banda que se pode gabar de ter sido a que mais energia drenou deste corpinho, desde a dose dupla Chemical Brothers/Digitalism, no ano passado, no Dance Station. Resultado: da actuação da banda inglesa não há uma única foto, nem vídeo, porque nesta altura já tinha bebido umas belas cervejinhas e, como não sou um gajo irresponsável, cumpro a máxima: se bebeu, não fotografe. Não havendo material multimédia, pode-se dizer que o que caracteriza melhor os Infadels é a energia destilada em palco e atirada sobre a assistência em forma de pop-rock orelhudo e muito dançável. Impressiona também a desbunda em forma de gente que é o seu teclista. Olha-se 5 segundos para ele e fica-se a pensar: eu quero o que aquele gajo tomou! De tal maneira ia o aceleramento dos rapazes que, ao fim de 4 ou 5 músicas, aconteceu aquilo que eu temia que pudesse acontecer no concerto dos The Gutter Twins, ou seja, parte da electrónica de palco entregou a alminha ao criador. Grande revés, gerido felizmente com profissionalismo pelos rapazes e com paciência pela audiência. Com o problema resolvido, regresso para uma segunda parte tão ou mais empenhada, apesar do tal teclista estar já, por esta altura, um pouco mais calmo. Resumindo: apesar de tudo foi um bom concerto que poderia ter sido um grande concerto, se, à semelhança do que aconteceu com os YSGA, houvesse mais “calor” por parte da plateia.

Já no sábado, foi a vez de aceitar o simpático convite da Luanda e de, juntamente com a Mrs. Crama (nem foi preciso o jab), rumar até ao Musicbox, para mais uma missa cantada em honra da Bossa Nova. Não me avisou a Luanda contudo, que seria uma missa que evocaria dois testamentos: o antigo – Choro – e o novo – Bossa Nova. Fui assim apanhado totalmente de surpresa com a bela actuação dos Roda de Choro de Lisboa, um grupo que não só recupera a sonoridade do Brasil do início do século passado mas também que brinca com ela de forma original e divertida, misturando-a com fado e áreas de música clássica. Uma actuação 5 estrelas que me deixa com vontade de ir visitar os rapazes ao seu poiso habitual: o bar Lusitano, localizado em Alfama, junto à Sé.



Depois dos Roda de Choro, e já com o Musicbox à pinha, foi a vez dos Couple Coffee subirem ao palco na sua configuração original, ou seja um duo, que a Luanda apresenta como sendo ela e o Norton Daiello. Aqui, acho que ela é um pouco injusta com o terceiro elemento do grupo, na medida em que, no meu entender, seria da mais elementar justiça apresentar-se a ela, ao Norton e ao baixo do Norton, pois da maneira que este último canta com ela, tenho a certeza que o instrumento, para além de vida própria também tem nome. Mas pronto, eles lá sabem… Com a chegada dos restantes elementos dos Couple Coffee and Band, retidos na apresentação ao vivo dos Madredeus, projecto onde também participam (isso é que é actividade rapazes!), passou-se aos temas do último álbum – Young and Lovelly – que eu tão bem conheço, desde a nascença, e que são um prazer a cada audição.
Pouco mais havendo a dizer, resta-me agradecer à Luanda o convite e aos Couple Coffee and Band por mais um belo serão musical proporcionado. Bem hajam!

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Inté

Daqui até ao meu próximo post tenho:
- um dia de trabalho
- um concerto dos Infadels
- meio dia dedicado à industria dos biocombustíveis
- uma feijoada de trabalho
- meio dia dedicado à industria agro-alimentar
- um concerto dos Couple Coffee

Agora vou para ali carregar baterias.
Fiquem bem. Mas mesmo bem!



Quinta-feira treze

Crama lê: Dependência aberta das 12:00 às 19:00. Crama fica contente. Crama sai às 18:00 e dirige-se para o banco.
- Pagamentos?
- Não, só até às 17:00.
- Depósitos?
- Também.
- Compra de moeda estrangeira?
- Também não.
Crama pensa na nacionalização daquele banco. Na nacionalização não. Na injecção… de uns calhaus da calçada pela vitrina a dentro.

Crama chega a casa. É quinta-feira, avisa que quer ir ao cinema. Mrs. Crama que não. Há um filme que também quer ver. Hoje irá ela e é se amanhã Crama quer ir ao concerto. Crama relembra a Mrs. Crama as sábias palavras do padre no dia do casamento. Crama pergunta qual foi a parte do “a mulher deve ser submissa” que Mrs. Crama não percebeu. Crama evita o jab de esquerda. Mrs. Crama vai ao cinema. Crama deita o pirralho e vai ler Luís Novais.

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

A minha primeira pizza


- Posso pôr azeitonas?
- Sim, filha, é a tua pizza, podes pôr tudo o que quiseres.
- Posso pôr gomas?

Golegã


domingo, 9 de novembro de 2008

Paris, Texas


Realização: Wim Wenders
Elenco: Harry Dean Stanton, Nastassja Kinski, Dean Stockwell, Aurore Clement, Hunter Carson
Ano: 1984
Título em português: Paris, Texas

sábado, 8 de novembro de 2008

Mais de três é um comício

Avó do Miguel: Olá!
Pirralho: Olá! Olha o Miguel, tão querido!
A: É não é? Gostas de bebés?
P: Gosto!
A: E não gostavas de ter um assim para brincar! Pedes ao pai e à mãe!
P: Não! Eu gosto de bebés mas é na casa dos outros!

Clic

Miguel

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Esperança

A atitude é metade da resolução de todos os nossos problemas.

- Peter Crama

Mas para ficar mesmo bem dispostinho



Não esquecer, dia 14...

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Do contra

Falhei o cineminha de quinta-feira à noite e agora estou aqui macambúzio, irritado, rabujento… Apetece-me embirrar com alguém. Contradizer, contrariar, qualquer coisa com contra. Alguém a fim? Não. Então tenho de ir à procura de um alvo, de alguém que me sirva de saco de pancada. Ora deixa cá ver. Deixa cá procurar. Ah! Pode ser este.

Diz JC das Neves, no Destak de hoje: “A eleição americana foi cheia de surpresas. Há ano e meio ninguém sabia quem era Barack Obama.”

Pronto já chega. Já tenho matéria para aliviar os nervos durante duas horas. Duas frases, duas bacoradas. Então vamos lá. Começo pelo fim. Ninguém conhecia o Obama, alto lá. Fique o JC sabendo que, há ano e meio, já eu recebia, no meio dos mails de gajas nuas, clips do Youtube com o gajo que vinha logo a seguir ao Messias, nestas coisas de salvar o mundo. E isto sou eu aqui, em bardalhais-de-cima, no fundo da minha ignorância e insignificância. Se o JC não viu estes mails, há ano e meio, é porque tinha medo de os abrir, com medo de serem mails de gajas nuas. Aliás, desconfio mesmo que o JC não tem mail e que nunca se aproximou destas coisas da net. Com tanta gaja nua, gajo nu e seres que ficam assim a meio caminho entre os gajos e as gajas, mas também nus, a Internet só pode ser qualquer coisa de sexual e como tal o melhor é manter distância. Vade retrum! Pois se o JC tivesse minimamente “ligado” saberia, há um ano e meio, quem era o tal do Barack Obama.
Na segunda calinada do dia, JC diz que a eleição foi cheia de surpresas e isto deixa-me convicto que JC não só não abre mails de gajas nuas, como é o mais perfeito dos anjinhos – totalmente sem sexo portanto. Depois desta, só faltava o JC espantar-se por o Vale e Azevedo estar na lista dos gajos que desfalcaram o BPN. Ai, ai, mas onde é que eu ia… Ah! Na eleição americana. Então não se estava mesmo a ver que seria este o desfecho desta eleição? Haveria dúvidas que, depois dos 8 anos de Bush, um gajo branco, baixo e estúpido como uma barragem, bastaria aos Democratas candidatarem alguém que fosse exactamente o seu oposto – negro, alto e minimamente inteligente – para a vitória estar garantida? É uma lógica infalível. Veja-se o caso da Alemanha: tinham um gajo sem mamas, a seguir elegem um gajo com mamas. Bem, mas na realidade infalível, infalível não é. Falha na Madeira e nas nossas eleições autárquicas, onde gajos broncos, trafulhas e a braços com a justiça secedem-se a eles próprios, mas lá está: toda a regra…
Continuando numa de contrariar, também acho que não têm razão os que dizem que o Barack terá um duro mandato pela frente. Mas duro onde!? Dura vai ser a vida dos John Stewarts e Michael Moores desta vida, sem matéria-prima para trabalharem nos próximos tempos. Agora o Obama!? Então o gajo tem a papinha toda feita! Sempre que tiver de tomar uma decisão sobre qualquer assunto, basta ir aos canhenhos, ver o que fez o Bush e fazer precisamente o oposto, não está bom de ver. Vejam lá se não é o que já está a acontecer. O Bush abria a boca, metade do mundo ria, em África havia manifestações e queimavam-se bandeiras americanas. Agora o Barack faz o seu discurso de vitória, metade do mundo chora, em Africa dança-se e as bandeiras tá quieto ó arder. Digo-vos, os próximos 4 anos, para o Barack, é como limpar o rabinho a meninos. Menos para o JC que ele não é dessas coisas.
E por aqui me fico. já estou mais bem dispostinho.

Quando o Sol se põe em Machu Pichu, de Luís Novais

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Feira Nacional do Cavalo


Edit:

Ok, o cavalo é preto mas não é essa a questão.

Yes we can!

Foto: Record

Dá para perceber que estou numa de postar fotos de afro-americanos que fizeram história.

Vá, agora vai mazé trabalhar. Vai fazer qualquer coisa de útil pela sociedade.


segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Clic

Quentes e boas

Caras

Eu só sabia o nome de 5, apesar de reconhecer mais algumas caras, e isso na altura fez-me um bocado de espécie. Eu sei que para nomes já sou aquela base, mas não seria isto mais uma prova da minha “alienice” natural? Até poderá ser mas para ser sincero estou-me marimbando. Siga. Outra coisa que me fez espécie foi toda aquela treta do evento fashion, do pseudo-glamour, do nós-famosos-vocês-povo, acentuado naquele caso pelo local e ambiente em redor… mas isso também já passou. É uma fatalidade e não vou ser eu a alterá-la. Esta coisa de ser conhecido para andar de evento em evento a ganhar uns cobres e vice-versa é, ao fim ao cabo, apenas uma actividade como outra qualquer. Aplica-se portanto a mesma máxima do meu próprio emprego: mais vale isso do que andar a roubar.

sábado, 1 de novembro de 2008

Sondagem

Olá Caro Leitor! Sim, estou a falar consigo. Não sei se você é meu conhecido ou não, se é um desses seres de imensa paciência que por aqui vão passando regularmente ou se é visitante recente, se é homem ou mulher, alto ou baixo, rico ou pobre, nada. E não pretendo alterar esta relação. Independentemente do caso, gostava só de lhe pedir um pequeno favor. Nada de importante, apenas uma informação perfeitamente inócua para um estudo sócio-metafísico que pretendo desenvolver e para o qual conto com a sua ajuda. Pode ser? Então vamos lá.
Atente no slideshow aqui de baixo. Nele, aparecem 28 personalidades. Observe-as bem.



Agora, clique na palavra “Comentários” ali em baixo e diga-me: de quantas conhece o nome? Não vale ir pesquisar na net, não é essa a intenção. Também não pretendo saber quais as que reconhece de algum lado – ah é fulano de tal – não, pretendo saber apenas, de quantas conhece o nome (não é nome completo, basta o nome por que são reconhecidas).
Desde já, o meu bem-haja pela atenção.