“… sempre olhei para as pessoas com antipatia e até com asco, sobretudo as pessoas amontoadas; nunca suportei as praias no Verão. Alguns homens, algumas mulheres isoladas foram-me muito queridos, por outros senti admiração (não sou invejoso), por outros tive verdadeira simpatia; pelas crianças sempre senti ternura e compaixão (sobretudo quando, mediante um esforço mental, tratava de esquecer que acabariam por ser homens como os demais), mas, em geral, a humanidade pareceu-me sempre detestável.”
In O Túnel, de Ernesto Sábato
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