sábado, 28 de fevereiro de 2009
Lavadeira
Sempre gostei de começar do esboço, pelo que, de entre as várias especialidades da marcenaria, não posso dizer que o restauro de peças antigas de madeira, seja das minhas preferidas. No entanto, tem sido isto mesmo que me tem ocupado parte do tempo, nos últimos dias. Em concreto, encontro-me a tentar recuperar um candeeiro que trouxe de casa da minha avó. Encontrou-o a Mrs. Crama, sobre um dos móveis, rodeado de um monte de serradura. Perante o avançado ataque de caruncho, propôs-me a avó, trazê-lo para restauro. A princípio não estava muito inclinado, pois sei que estas coisas levam bastante tempo a serem concluídas, se se quiser fazer um trabalho bem feito, mas depois de ouvir a estória do candeeiro, não podia deixá-lo ser destruído pelos bichinhos carpinteiros. Foi comprado, o dito, pelo meu bisavô, na feira de Trancoso, e oferecido à minha avó, tinha ela cerca de 5 anos. Tenho em mãos, portanto, um candeeiro com 87 anos, mais coisa menos coisa. Trata-se de uma figura estilizada de uma lavadeira, com a base (mulher) em madeira e um globo de vidro que era envolto num pano e que simulava a trouxa de roupa à cabeça. Havia ainda um pequeno xaile, que a “mulher” trazia à volta dos braços, que também não resistiu ao efeito do tempo.
Quando comecei o trabalho, ainda pensei em fazer apenas um tratamento contra os insectos xilófagos (anobium punctatum) e pedir a alguém que me fizesse as peças em tecido, mas assim que o comecei a desmontar e limpar vi que os estragos eram já bastante profundos sendo inevitável um trabalho de fundo. Ir ao osso, como se costuma dizer. Agora que contabilizo o tempo que já gastei nesta tarefa e que hei-de gastar ainda, não consigo deixar de pensar que, com muito menos trabalho e muito mais rapidamente, faria uma peça equivalente nova. Mas por outro lado, não teria 87 anos, nem seria o candeeiro da minha avó, não é verdade?
Quando comecei o trabalho, ainda pensei em fazer apenas um tratamento contra os insectos xilófagos (anobium punctatum) e pedir a alguém que me fizesse as peças em tecido, mas assim que o comecei a desmontar e limpar vi que os estragos eram já bastante profundos sendo inevitável um trabalho de fundo. Ir ao osso, como se costuma dizer. Agora que contabilizo o tempo que já gastei nesta tarefa e que hei-de gastar ainda, não consigo deixar de pensar que, com muito menos trabalho e muito mais rapidamente, faria uma peça equivalente nova. Mas por outro lado, não teria 87 anos, nem seria o candeeiro da minha avó, não é verdade?
sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009
Estou de volta pró meu aconchego
Depois de uns dias nas berças, queimo os últimos cartuxos destas mini-férias em actividades doméstico-oficinais. E que bem que sabem uns dias em casa, sem o compromisso diário do emprego! Levantar-me de manhã sem ter de travar batalhas com o despertador; estar mais tempo com as pirralhas (a pequena e a mor); andar de bicicleta e de mota sem ser pelos intervalos da chuva; tratar dos aquários; brincar aos marceneiros, aos jardineiros e aos mecânicos; a leitura, esse hábito que vai descambando em vício; e pelo meio, os petiscos, claro! Têm sido assim os meus dias. Tudo isto e mais uma neurose que se avoluma à medida que a segunda-feira se aproxima. Não sei como mas preciso rapidamente de começar a tratar do processo de reforma. Para a semana que vem, não falho a ida à Segurança Social: “Por favor, ainda têm daquelas reformas do Banco de Portugal? Vá lá procurar no armazém, se não tiver pode trazer uma daquelas da Caixa Geral de Depósitos.”
segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009
sábado, 21 de fevereiro de 2009
Eu sei que é um bocado à mete-nojo
Do alto deste post, nove dias de férias me contemplam.
Ps - Vejam o lado positivo. Podiam ser 44.
Ps - Vejam o lado positivo. Podiam ser 44.
sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009
Diz que é o 1000
É verdade, segundo o blogger, o acto que acabo de concluir – abrir o Firefox, blog, login, new message – está a ser feito pela milésima vez. Curiosamente, faz também por esta altura exactamente 2 anos que corri com a concorrência interna e passei a chafarica a tasca unipessoal. Ou seja: 1000 posts com o ferro exclusivo da ganadaria Crama, em precisos 2 anos. Não digo que é obra porque não há obra nenhuma mas não deixa de ter a sua piada. Curiosamente também, assinalo a efeméride numa altura em que o vigor bloguístico começa a dar de si. Falta de inspiração, falta de pachorra, falta de jeito (há que ser dito), seja o que for, têm originado cada vez menos texto (ainda bem dizem vocês) e cada vez mais postas de pescada multimédia (é pior a emenda que o soneto, dirão agora). Peço desculpa aos valentes que por aqui passam regularmente mas é o que se pode arranjar. Talvez esteja a entrar na blogopausa, quem sabe? Escusam no entanto de estar já para aí a arreganhar a fateixa, todos contentinhos, que ainda não é desta que me vêem pelas costas. Não senhor, guardem lá os foguetes! Isto de ter um sítio onde anotar o que vou lendo, vendo e ouvindo dá muito jeito a um desmemoriado como eu, e as propostas de agenda são sempre oportunidades em aberto para rever ou fazer amigos, o que vale só por si toda esta trabalheira do blog. Siga portanto a composição, em regime de marcha à vista, e o que será, será.
Le Silence de Lorna
quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009
terça-feira, 17 de fevereiro de 2009
MotoGP 08
segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009
domingo, 15 de fevereiro de 2009
sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009
Üç maymun
quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009
Oh no!!! It's in my head!
I love you I wanna love you tender
You can be my only sweet surrender
I would never bring you any kind of sorrow...
You can be my only sweet surrender
I would never bring you any kind of sorrow...
Bem bom 5 da manhã, ei!
É tão bom acordar às 5 da manhã com um telefonema de serviço!
Na escala das coisas boas, digamos que fica acima do pior clip musical de sempre e logo abaixo da cólica intestinal.
Na escala das coisas boas, digamos que fica acima do pior clip musical de sempre e logo abaixo da cólica intestinal.
terça-feira, 10 de fevereiro de 2009
A Lâmpada de Aladino, de Luis Sepúlveda
domingo, 8 de fevereiro de 2009
Eu sabia!
Dave Matthews Band no Alive 09, dia 11-07-2009
Na realidade não era uma questão de saber. Era uma questão de sentir.
Infelizmente sem o LeRoi.
Na realidade não era uma questão de saber. Era uma questão de sentir.
Infelizmente sem o LeRoi.
Mogwai @ Aula Magna
01- I'm Jim Morrison, I'm Dead
02- Ithica 27ø9
03- I Love You, I'm Going To Blow Up Your School
04- Summer
05- Scotland's Shame
06- Hunted By A Freak
07- Mogwai Fear Satan
08- Thank You Space Expert
09- Helicon 1
10- Friend Of The Night
11- Like Herod
12- Batcat
13- The Precipice
14- 2 Rights Make 1 Wrong
PS - E um grande bem-haja para a SA que, não bastando ser visitante regular desta tasca e trabalhar comigo, ainda me leva a concertos! E ao J. e à J. pela companhia!
quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009
Mais taras que manias
A M. desafiou-me a explanar as minhas manias. É desculpável, uma vez que não me conhece muito bem. Caso contrário saberia que eu, pura e simplesmente, não tenho manias. E atenção que não digo isto com orgulho! Muito pelo contrário. Gostava de ter montes de manias, de ser conhecido por elas, de me poderem descrever tão bem como a informação constante do Curriculum Vitae. Gostava, por exemplo, de me sentar sempre no mesmo lugar no comboio, de não pisar os riscos no chão, de só beber Super Bock (esta é quase), de reservar sempre quartos de hotel com números pares, de usar sempre o mesmo perfume… mas nada. Quanto muito, tenho a mania de não ter manias, ou posto de outra forma: tenho a mania que não tenho manias. Bem espremido, mas mesmo bem espremido, talvez tenha um pouco a mania da reciclagem. “Ah! Isso não é mania, é civismo”, dizem vocês. Sim, também, mas estar 15 minutos a separar todas as partes de cartão para um lado e de plástico para outro, de uma embalagem de um brinquedo (só quem desmontou totalmente uma embalagem de um brinquedo, sabe do que estou falar), acho que já conta como mania. Isso e lavar as embalagens de iogurte, de manteiga, de leite, etc., etc., para depois as amachucar cuidadosamente até ao mínimo volume possível, antes de as deitar fora, no recipiente das embalagens, claro! E fazer mais de 5km com todo o lixo para reciclar na bagageira do carro, só para encontrar um ecoponto vazio… Got the picture? E nisto das taras é tudo quanto me lembro! Uma pobreza, eu sei, mas que é que se há-de fazer?
M.: de certeza que queres manter os pormenores sórdidos fora disto?
E agora passava a bola a alguns vizinhos.
Ana: que manias, para além de veres todos os filmes interessantes logo na semana de estreia?
Rita: que manias, para além de te perderes assim que te afastas 500m de casa?
Hug the DJ: que manias, para além de ouvires boa música?
Carrapato: que manias, para além da Super Bock, da “picina” e da “bánheira”?
Aristides: que manias, para além de cascar na Marilú?
M.: de certeza que queres manter os pormenores sórdidos fora disto?
E agora passava a bola a alguns vizinhos.
Ana: que manias, para além de veres todos os filmes interessantes logo na semana de estreia?
Rita: que manias, para além de te perderes assim que te afastas 500m de casa?
Hug the DJ: que manias, para além de ouvires boa música?
Carrapato: que manias, para além da Super Bock, da “picina” e da “bánheira”?
Aristides: que manias, para além de cascar na Marilú?
domingo, 1 de fevereiro de 2009
Sometimes I miss a beat
Domingo
+ frio
+ chuva
+ 100km de viagens
+ 10 horas de sono em dois dias
+ 30€
+ falta de meia grade de minis
+ falta de quem bebesse a outra metade da grade
= 1º arrependimento do ano
+ frio
+ chuva
+ 100km de viagens
+ 10 horas de sono em dois dias
+ 30€
+ falta de meia grade de minis
+ falta de quem bebesse a outra metade da grade
= 1º arrependimento do ano
Zodiac
Babel
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