quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Pouca-vergonha

Não, não venho falar da selecção. O que me traz aqui hoje é algo muito mais delicado. Eu sei que este assunto devia ser tratado no recesso do meio familiar mas acho que mencioná-lo aqui – um local pequeno, limitado e controlado como é a Internet – pode ser benéfico para outras famílias a braços com situações semelhantes. O que se passou foi que, hoje, pela enésima vez, dirigi-me a casa dos meus pais afim de almoçar, totalmente de surpresa, sem avisar portanto, e qual o meu espanto, não estava ninguém em casa! Já viram para o que havia de estar guardado!? Isto, no meu entender, há que dizê-lo com frontalidade, é uma grandessíssima pouca-vergonha! Eu sei que os cotas têm todo o direito de gozar a merecida reforma. Querem voar, dar passeios à beira-mar, aprender alemão e o diabo a sete, tudo bem, agora isso não lhes dá o direito de abandonar crianças de 36 anos, na rua, a passarem fome. Eu também sou pai, trabalho ainda por cima, e sempre garanti que alguém desse de comer à minha filha! Será que os pais pensam que por já se ser criança-adulta, se ter a chave de casa (deles) e o frigorífico estar recheado, ficam libertos da responsabilidade de dar as refeições aos filhos. Eles não pediram para nascer, sabem! Só pergunto, onde é que este mundo vai parar!?

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