sexta-feira, 17 de abril de 2009

Licor de poejo

Agora que penso um pouco (e um pouco, no meu caso, já é coisa para doer), constato que este licor de poejo levou quase três anos a ser confeccionado. Ah pois é! Se estão a pensar em igualar o menino, preparem-se que isto é assim uma espécie de mestrado, no que ao tempo de preparação diz respeito. Tudo começou na vindima de 2006. Mau ano para o tintol caseiro que, apesar de potável, não reunia os mínimos olímpicos para chegar às goelíadas 2007. Vai daí, se não dá para beber, toca a destilar o vinho. Resultado: aguardente vinícola, feita no alambique velhinho do pai, com a ajuda dos colegas, isto ainda em 2007. Não ficou má, mas como por aqui se prefere a bagaceira, a outra para ali foi ficando, encostada a um canto. Foi então que surgiu a ideia do licor de poejos. Não era tarde nem era cedo, só que faltavam os ditos. É certo que se podiam comprar no supermercado mas não ia ter a mesma piada, não é verdade? Pois bem, vai de plantar uns poejinhos, das melhores proveniências. Estávamos em Setembro do ano passado. De lá para cá, água, que o poejo é erva que gosta da muita água, e ei-los a meterem-se pelos olhos dentro. Chegamos finalmente ao ponto em que temos aguardente vinícola e poejos. Pode-se passar então à fase final que, como se há-de perceber, é a mais simples de todas, apesar de durar cerca de um mês a completar. Comecemos…

Ingredientes (tudo com 7 que é para dar sorte)

70cl de aguardente vinícola
70cl de água
700g de açúcar
Poejos

Preparação

Coloque um molho de poejos dentro de um frasco e encha-o com a aguardente. Deixe macerar durante 15 dias, agitando de vez em quando. Passados os quinze dias, prepare uma calda da seguinte maneira: ponha a água a ferver com outro molho poejos; assim que começar a ferver, retire os poejos e deite o açúcar; deixe ferver três minutos, apague o lume e deixe arrefecer. Entretanto filtre a aguardente (pode utilizar um filtro de papel de máquina de café). Junte por fim a aguardente e a calda, mexa, coloque em garrafas e deixe estagiar durante pelo menos 15 dias.
Et voilà...


Neste momento o meu licor ainda está a estagiar, pelo que não posso atestar o resultado final. Assim que o provar, actualizarei este post.

Nota: segundo me informei, há quem faça este licor utilizando vodka, em vez da aguardente. Se alguém experimentar (ou tenha experimentado), esta ou outra receita, por favor deixe um comentário que a gerência agradece muito o intercâmbio cultural.

4 comentários:

Hug The DJ disse...

ora bem... também somos dados à produção de coisa boas, mas poejos, confesso que nem sequer sabemos o que é... :p
já fizemos licor de cereja e está a marinar um de romã (o meu sócio fez, a bem dizer, ele é que é assim dado a estas merdas como tu e tb faz uns petiscos + ou - :D)
como não temos alambique, fazemos em frascos xl, com uma boa aguardente e assim. depois fica a marinar uns 2/3 meses, abanamo-lo quando nos lembramos de tal e pronto. o 1º estava óptimo, agora o de romã, não tem grande aspecto...

Crama disse...

Bocemessêses têm definitivamente de vir aqui a baixo! :)
Poejo é uma erva aromática muito utilizada aqui nas as bandas da mourolândia. Utiliza-se em certas modas de açorda, caldeta de cação, há também quem faça chá... e o licor, claro, que isto não é invenção minha. Antes fosse!

Anónimo disse...

struck Rostov. What struck him was that Denisov did not seem glad to
elavil all side effects

Anónimo disse...

rest upon it, the more Masonic ground on which he stood gave way under
prilosec