5 horas de sono. 100 km de viagem. 10 horas de formação. 5 horas de sono. 100 km de viagem. 10 horas de formação. 5 horas de sono. 100 km de viagem. 10 horas de formação. 100 km de viagem. 5 horas de sono. 100 km de viagem. 10 horas de formação. 50 km de viagem. 3 horas de trabalho. 50 km de viagem. 5 horas de sono. 100 km de viagem. 10 horas de formação.
Resumem-se assim os últimos três dias desta semana e dois da semana passada.
Estou cansado, mas sabe bem a sensação do dever cumprido. Ao contrário da maioria das acções de formação, esta pode-se dizer que foi “a doer”. A matéria era interessante – programação em KNX – mas a exigência e a dificuldade não ficaram atrás de qualquer cadeira da universidade, culminando hoje com a realização de um teste teórico e um outro prático, aos quais era necessário obviamente passar para obter a respectiva certificação. Passei. Está feito.
A academia onde frequentei este curso, para além de dar cursos de formação profissional é estabelecimento de ensino técnico-profissional, pelo que deu para matar saudades do ambiente dos meus tempos de escola. Começo das aulas às 8:00 (em ponto), intervalos onde dois dedos de conversa se esgotam num instante, a fila na cantina e almoço tomado à pressa… Vá lá, a comida desta cantina era bem melhor que a do meu tempo, mas mesmo assim, espero só voltar a matar saudades daqui a mais dez anos.
Uma coisa que não se alterou, nestes dez anos, foi a alergia do sexo feminino aos cursos tecnológicos. Numa escola com cerca de 400 alunos só consegui ver uma moçoila. É impressionante como elas deixam passar estas oportunidades! Será que as gajas não percebem a vida fácil que poderiam levar num ambiente assim, excessivamente masculino? Uma miúda no meio 400 gajos é uma lorde! Uma rainha com 400 escravos! Ou vá, 390 escravos e dez gajos com excelente potencial para serem seus grandes amigos. É que nem precisa sequer de andar, que há com certeza marmanjos dispostos a carregá-la em ombros onde ela quiser ir! Cafezinho? Alguém paga. Apontamentos? É o que se quiser! Ah pois é! Sempre ali, tratada nas palminhas. E com um pouco de sorte, após a conclusão do curso, ainda arranja um emprego numa área onde toda esta bela vida se mantém. Eu que o diga…
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