quarta-feira, 22 de agosto de 2007

Diálogos com Agostinho da Silva, de Antónia de Sousa

“Ainda hoje, sabe, quando eu passo por Barca de Alva ou Figueira Escalhão ou em qualquer um daqueles lugares, eu sinto que pertenço àquela terra.
(…)
Se eu fosse ao Algarve, antes do Algarve turístico que eu detesto, encontrava também chamado por aquele mar, por aquela costa admirável, porque minha gente também foi de lá. Se vou para o Alentejo, donde é outra minha gente, que foi pastora por lá, pois eu naturalmente também me sinto do Alentejo. De maneira que não lhe posso dizer. Se quiser dizer que sou beirão e do Porto e do Alentejo e do Algarve e de outras terras por onde tenho andado, com mais ou menos tempo, também posso dizer que sou. Não me matriculo assim.”

Nem eu.

3 comentários:

Anónimo disse...

E tu lá tens os requisitos suficientes para te matriculares em algum lado????

Crama disse...

Não tenho de facto os requisitos para me matricular em algum lado. Tenho sim, os requisitos para me matricular em qualquer lado. Sou um cidadão do mundo (padre dixit).

Anónimo disse...

Olha, olha, ficou F....., cairam-te mal as cervejas no Penico???