domingo, 13 de maio de 2007

A rã

Hoje, durante o passeio matinal de bicicleta, seguia eu abstraído nos meus pensamentos, quando de repente vejo uma pequena protuberância no asfalto. Guinada violenta, travões a fundo e toca a voltar para trás. Seria pouco maior que meia noz, mas deu logo para perceber que era algo que não devia estar ali. Coloquei a bicicleta no meio da faixa de rodagem, de modo a obrigar os carros a desviarem-se, e aproximei-me para examinar melhor. Não havia dúvidas, era uma pequena rã. Apesar da minha proximidade mantinha-se quieta. Reparei então nalgumas formigas que se juntavam em seu redor. Temi que já estivesse morta, mas não, ainda estava viva. Fui então à procura de algo com que a pudesse recolher sem a magoar. Nestas alturas, o lixo que invariavelmente se acumula nas bermas da estrada, pode revelar-se de grande utilidade, como foi o caso. Dois copos de cerveja de plástico serviram perfeitamente para recolher a pobre rã. Assim que se viu dentro do copo começou a debater-se. Bom sinal pensei eu. Já em casa constatei que tinha uma pata ferida, com os “dedos” decepados, mas de resto estava cheia de vitalidade. Ainda a pus num alguidar no exterior, mas com os seus saltos, rapidamente se evadiu. Agora está no aquário de 60, juntamente com as pomaceas, e alguns guppies, que eventualmente lhe poderão servir de alimento. Segundo pesquisei, parece-me tratar-se de um exemplar da espécie Xenopus laevis, mas uma risca verde clara ao longo do dorso está a baralhar-me a identificação. Também poderá ser uma Pipa pipa, ou uma Pipa parva. De resto é bem maior do que as rãs anãs aquáticas africanas (Hymenochirus boettgeri) que já tive, mas em princípio não será muito diferente de manter, pelo menos até estar completamente recuperada.
Fica aqui uma foto. Se entre aqueles que por aqui passam houver alguém que me possa dar alguma informação sobre este animal agradecia.

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