quinta-feira, 15 de fevereiro de 2007

From where?

Andam para aí uns rapazitos, que se intitulam Buraka Sound System, ou Buraca Som Sistema se preferirem, que até têm um som bem porreiro, patente no álbum From Buraca to the World.
Até aqui tudo bem.
Uma pessoa pensa: Fixe! Uns putos sem estúpidas vergonhas das suas origens, que conseguiram sobreviver, ou passar ao lado, das drogas, dos assaltos e dos tiroteios e se dedicaram à música.
Wrong!
Segundo li hoje, e de acordo com uma declaração dos próprios: “90% do projecto vive na zona da Amadora, Queluz, Venteira e Reboleira…”
Ainda segundo os mesmos: “…Buraca foi a freguesia da Amadora que a, a nosso ver, tinha um nome mais sonante para um projecto como este.”
Oh meus amigos! Vamos lá por partes!
Primeiro levanta-se a questão: se 90% vive na zona da Amadora, e se eles são menos de 10, onde estará, e o que será os restantes 10%. Provavelmente deve ser uma das pernas de um deles que, depois de se auto amputar, decidiu ir morar na Malhada Sorda*. Eu também ia se morasse na Venteira.
A outra questão, para mim mais importante, é a simples usurpação de um nome, que hoje tem estatuto de imagem de marca, assim por dá cá aquela palha. Não é por Buraca ser um nome de uma freguesia que está, e sempre esteve, a saque, que passa a poder ser usurpado por toda a gente. Eu sei que a tentação é grande. Ninguém duvida que Buraca é hoje uma palavra com mística reconhecida a nível mundial, e portanto adequada a qualquer projecto que se pretenda internacional, mas calma lá… Então isto é assim! Vai ali e tungas! Oh pra cá o “Buraca”! Nada de royalties, nem direitos!
Não, não! Para alguém poder dizer que é da Buraca há que ter honrado a camisola, ou pensam que o Bruno Nogueira e o João Baião quando hoje se gabam de serem da Buraca, também foi por que passavam por lá a caminho de casa na Amadora? Não! Estes, assim como todos os buraquenses, para poderem usufruir do título, tiveram que alombar lá com os costados! Ah pois é!
Se não conhecem o Penico, nem o Estrela, e não se referem aos 4 pontos cardeais por Cova da Moura, Bairro dos Lelos, Bairro do Zambujal e Bairro da Boa Vista não podem invocar o nome “Buraca”, ou melhor, até podem, mas têm que pagar…
Ora, a quanto é que está o royaltie?
Portanto caros leitores, se querem ouvir um som urbano, com matizes africanas e jamaicanas, e eu sei lá mais o quê, tudo bem, ouçam lá os putos, mas que fique bem claro: From Buraca to the World, só este blog! OK?

* - Está a valer uma imperial, paga no Penico, ao primeiro leitor que deixar na área de comentários, a resposta à pergunta:

“Onde fica a Malhada Sorda?” (Com um mínimo de detalhe)

Deixar nome e forma de contacto (tel, e-mail, etc), sff.

8 comentários:

Anónimo disse...

Tás a gozar. Tás não tás??????
Pronto está bem, a Malhada Sorda fica no concelho de Almeida (vila que até ao inicio do século XX foi praça militar, com umas muralhas únicas em Portugal que formam uma estrela de 6 pontas, para quem não acredita, vá lá confirmar!!!). Para quem quizer ir à Malhada Sorda segue a estrada que liga Almeida a Vilar Formoso e +/- a meio do percurso, quando encontrar o restaurante Lavrador, vira à direita e a 500m encontra a aldeia famosa no concelho pela qualidade e profissionalismo da sua banda filarmónica, se os ouvirem tocar nem acreditam!!!! Quando é que me posso apresentar no Penico????

Crama disse...

Bem!!!
Caro Carrapato, com essa resposta vejo-me obrigado a duplicar o prémio!
E mais, pela referência a esse ícone da cultura portuguesa que é a Banda da Malhada Sorda, passo as imperiais a canecas.
Quanto à entrega do prémio, proponho que seja já amanhã, Sábado, da parte da tarde, no local mencionado. O que me diz?

Carrapato disse...

Pois bem, não que a sede seja pouca, mas para amanhã já me espera a afamada sangria do Sr. Victor do Pereiro na grandiosa feira do fumeiro que se vai realizar este fim de semana na famosa vila de Almeida. No entanto os Sr.s do Penico poderiam pôr as canecas a refrescar para um fim de semana a combinar. De caminho levo uma chouriçita adquirida na feira para acompanhar a beberragem.

Crama disse...

Negócio fechado.
Traz lá a chouriçita que as canecas ficam à espera bem geladinhas.
Ah! E já agora distribui uns abraços e beijinhos lá pelo pessoal dessa grandiosa terra.

Anónimo disse...

Ò Sònia, perdão, Carrapato, então a Malhada fica no cruzamento do Lavrador? Não estás a confundir com a Junça? A Malhada Sorda fica um pouco mais longe, a seguir a Vilar Formoso. Talvez tenhas desculpa se comentaste este post depois de beber aquela zurrapa do Vitó.Aquilo dá volta ao estômago e à cabeça.

Crama disse...

Amigo Aristides (reconhece-me?)

De facto, o comentário foi escrito antes da ingestão da poção alucinogénica, que dá pelo nome de Sangria do Sr. Victor do Pereiro. Pior ainda, foi escrito em pleno período laboral, altura em que se deve estar na plena posse das capacidades mentais, o que obviamente não foi o caso.
Isto era motivo mais que suficiente para lhe retirar o direito ao prémio, mas como sou um coração de manteiga, vou relevar desta vez.

Anónimo disse...

Amigo Crama
Ainda não consegui desvendar o mistério da identidade de quem assina Crama. Fico à espera de uma dica.
Um abraço

Pedro Santo Tirso disse...

Muito bom