Começou hoje oficialmente a campanha vinícola 2007/2008 na Adega do Crama. De manhã foi firmado o negócio da matéria-prima. Enquanto não há condições logísticas para aproveitar as uvas de Vale de Aguilhadas, vai-se fazendo o gosto ao dedo com material proveniente de vinhas da região de Terras do Sado. Sempre fica um pouco mais perto de casa. Uma vez mais o produtor escolhido foi a D. Maria, cuja quinta fica ali pertinho de Palmela. As uvas são 100% Castelão Francês, casta também conhecida como Periquita ou João Santarém. O preço acordado foi de 35 cêntimos o quilo, o que não sendo barato, se pode considerar adequado face à diminuta quantidade adquirida (100kg). É pouco, eu sei, mas perante um mês de Setembro que sabia complicado, achei melhor não arriscar muito.
A qualidade da uva segundo a produtora é boa, não tendo sido muito afectada pelas chuvas e trovoadas que se verificaram nos últimos dois dias. Aliás, no que toca a condições climatéricas, 2007 foi mesmo um ano excepcional na minha opinião. Só mesmo o tempo dos últimos dias pode ter estragado a perspectiva de uma grande colheita, principalmente no norte do país, pois segundo sei, no Alentejo, a maior parte da uva já estava colhida.
Amanhã, vou então buscar as uvas com as quais pretendo produzir cerca de 50 litros de vinho, 2 quilos de uvada e alguma aguardente bagaceira. Hoje o dia foi de preparação da adega e lavagem da dorna onde irão ser transportadas e pisadas as uvas. Como diz a minha avó: “o vinho quer muita limpeza”, ou seja: se não dá para utilizar numa neurocirurgia, não serve. A lavagem consistiu em passar a dorna por uma solução de Vasilox e depois enxaguar tudo muito bem em água corrente.
Amanhã continua a fona. Para já, ficam as fotos de alguns dos utensílios antes da lavagem.
2 comentários:
Depois quero ir às provas..
S. Martinho, filha! S. Martinho!
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