No final da manhã lá fui até à quinta da D. Maria, em Palmela. Quando cheguei, as uvas já tinham sido apanhadas. Tinham bom aspecto, sem cachos podres e poucos secos. Numa escala de 0 a 20 dar-lhes-ia um 15. Segundo informação prestada pela D. Maria, estas uvas estão com um grau de álcool provável de 12,6, o que em princípio não coloca problemas quanto ao arranque da fermentação.
Depois de fechado o negócio foi só carregar e regressar a casa, com o ar-condicionado no máximo – até batia o dente – para preservar ao máximo a integridade das uvas.
Tive pena por mais uma vez não ter participado na vindima, por outro lado poupou-me muito tempo, que foi coisa que hoje escasseou como as notas de 50.
À chegada a casa transferi as uvas para outra dorna, mais larga e mais baixa. Agora estarão vocemesseses a pensar: "Ah! É para proporcionar uma maior área de contacto com o ar, e logo uma melhor oxigenação e com isso estimular o crescimento da colónia de leveduras que irá efectuar a fermentação do açúcar em alcool." WRONG! Ou melhor, sim também, mas a principal razão é porque permite às pessoas de um metro pisarem as uvas sem perderem o pé.
Devido à festa de anos do pirralho não deu para fazer mais nada, para além da lavagem de mais alguns utensílios. Se houvesse condições para tal, far-se-ia agora a maceração carbónica das uvas. Como não há, paciência. Agora vou à caminha que amanhã é que vão ser elas.
Quinta em Palmela
Uvas da casta castelão francês
Dorna e utensílios após lavagem
Uvas na dorna onde se efectuará a pisa
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