Se fosse cicerone de um estrangeiro que quisesse conhecer a parte mais castiça de Lisboa, levava-o à tasca onde almocei hoje. Na gíria “interna” é conhecida por “Fumos”, e fica na Rua do Cascão, uma daquelas ruas íngremes entre Santa Apolónia e o Panteão Nacional. No total não cabem lá mais de 8 pessoas, e isto com boa vontade. Luxo, requinte, variedade e conforto são palavras totalmente desconhecidas. Na melhor das hipóteses, fica-se sentado em frente à ventoinha, que foi o lugar que me calhou por cortesia dos comensais que me acompanharam. A refeição consistiu em bacalhau assado na brasa, acompanhado por batatas também assadas e feijão frade. O preço é fixo para habitués (7€), e inclui, para além do prato principal, sopa, vinho, pão, fruta, café e cheirinho. Mas não foi nada do que escrevi até aqui que me cativou nesta tasca. O melhor mesmo, é ser atendido pela D. Lurdes, que com os seus raspanetes, e com o seu à-vontade típico de Alfama, nos faz sentir como se estivéssemos a almoçar em casa da avó rezingona. Um must…
Sem comentários:
Enviar um comentário