sexta-feira, 31 de agosto de 2007

600 azul

Logo ao fim da tarde, vou selar a 600 azul e vou partir para destino certo.
Com pendura, que a vida já me foi dura e por isso insisto na companhia.
O tempo não me diz nada e já nem há homem da portagem, na entrada da auto-estrada.
A ponte, com certeza, não estará deserta mas Lisboa partiu mesmo para parte incerta.
Um dia, talvez me encontre… tu tu-ru-ru-ru tu-ru-ru-ru-ru tu-ru-ru-ru.

quinta-feira, 30 de agosto de 2007

Prendinhas (II)

Como desconfio seriamente que a primeira lista de prendinhas já se encontra esgotada, fica aqui uma segunda lista com coisinhas que me fariam muito feliz e que tenho a certeza os meus amigos não vão deixar de me oferecer.
A temática é o hi-fi, ou seja, jingarelhos que permitem ouvir música com uma fidelidade, em relação ao que foi gravado nos discos, próxima da perfeição.

Temos então, para a sala "Stereo"

Fonte analógica
Linn Sondek LP12

Fonte Digital
Chord Reference CD Player

Prévio
Halcro dm10

Amplificador
Halcro dm88

Colunas
Dynaudio Evidence Master

e para o Home Cinema

Projector

Sim2 HT5000

Fonte
Teac Esoteric DV-60

Prévio+Amplificador
Krell Theater Stardard

Colunas frente(2)+laterais(2)+traseiras(2)
B&W 800D

Coluna central
B&W HTM1D

Subwoofer
Velodyne Signature 1812

O sistema para o cinema em casa podia ser bem mais carote, mas como estou com certa pena dos meus amigos...
De qualquer maneira, aviso que esta listinha é bem mais cara que a anterior.

quarta-feira, 29 de agosto de 2007

The knack

... and other social unaptitudes.

domingo, 26 de agosto de 2007

Fidelity, por Regina Spektor

Há músicas que são para mim especiais, por encerrarem dentro delas uma história, como se fossem um livro. Há músicas que, para mim, têm caras, cheiros e paisagens. Há outras que caracterizam as vivências de toda uma época. Houve músicas que, por si só, desencadearam uma série de acontecimentos marcantes, e com isso ajudaram a moldar aquilo que sou hoje. Escutar essas músicas é como viajar numa máquina do tempo, como ouvir contar a minha própria história, ou como ler o meu diário, se alguma vez tivesse escrito um.
Neste post tem início uma série dedicada às “minhas” músicas. Começo, não pelo princípio, mas exactamente pelo fim, por uma das últimas músicas que se tornaram minhas. Faz hoje exactamente um ano que ouvi a Regina Spektor pela primeira vez. Cantava a Fidelity, numa actuação ao vivo no Late Night with Conan O’Brian, registada num clipe do Youtube. Este ali em baixo. Pode-se dizer que foi amor aos primeiros acordes. De tal forma gostei da miúda que passados seis meses estava a mil e setecentos quilómetros de casa, mas a dois metros dela, a ouvi-la cantar num dos melhores concertos a que já assisti. Esta música recorda-me como descobri a blogosfera, fachada de palavras, sons e imagens atrás dos quais se “escondem” pessoas com ânsia de comunicar, com outros, ou por vezes com elas próprias. Esta música faz-me lembrar do Nuno Markl, senhor que ouço há muito tempo, e que me “apresentou” à Regina através do Há Vida Em Markl. Faz-me lembrar também do primeiro blog que li de fio a pavio, e da estranha sensação gerada, como se conhecesse a respectiva blogger há anos, apesar de apenas ter lido, em meia dúzia de dias, ano e meio de “postagens”. Faz-me lembrar de uma excelente semana passada a dois, em Paris; de ter perdido, logo à chegada ao aeroporto, os bilhetes do espectáculo, as passagens de avião para o regresso, bem como a anotação com a morada de casa do Quim e as indicações para lá chegar; de estar uma hora e meia em pé, ao vento e à chuva, para ser dos primeiros a entrar no Le Trabendo; do Jason e do Jack, que fizeram a abertura do concerto da Regina, e com quem estive a conversar um pouco no final da noite; do Olivier, com quem fui no comboio a trocar impressões sobre música, em francinglespanholês por assim dizer. Para além disto, ouvir a Fidelity faz-me pensar no conceito de amizade e nas várias formas em que esta se gera, se expressa e se assume. Faz-me pensar que um abraço se pode dar de muitas formas e não só com os braços. Um abraço pode ser dado com uma palavra, ou até com uma música.

sábado, 25 de agosto de 2007

It's a Boy Girl Thing

Realização: Nick Hurran
Elenco (vozes): Samaire Armstrong, Kevin Zegers, Sharon Osbourne, Maury Chaykin, Mpho Koaho
Nacionalidade: Canada/UK
Ano: 2006
Título em português: É Coisa de Rapaz ou Rapariga?

Classificação cramalheirística: * *

(mín: * - máx: * * * * *)

Procuram-se (II)

Segundo as primeiras informações - não confirmadas - chegadas ao Centro de Comando Estratégico da Praceta, a banda mencionada neste post, são os Fanfarre Haut Debit, captados neste vídeo, em plena Rua de Santa Catarina, no Porto.

Aguardam-se futuros desenvolvimentos a todo o instante. Ou talvez não.

Hoje, aqui...

... cheira a terra molhada.

Melhor que qualquer música

"Pai!!! Estava com tantas saudades tuas!"

Procuram-se

Sabe-se que são cerca de dez e que são franceses. Fazem-se acompanhar de tuba, trompetes, clarinetes, djambé, tarola e eu sei lá mais o quê. Tocam que é um espectáculo e têm um som ao qual se torna impossível ficar quieto. Ontem no Bairro Alto, quais tocadores de flautas encantadas, arrastavam atrás de si uma multidão, até aparecer a polícia que acabou com a festa, debaixo de um protesto generalizado.
Dão-se alvíssaras a quem der indicações do seu paradeiro, ou em alternativa um contacto válido.


PS – O vídeo é do mais rafeiroso que pode haver, e não faz qualquer justiça à performance dos senhores, mas foi o melhor que se pode arranjar.

Garrafeira Alfaia

Os meus apetites pediam-me umas cervejinhas com tapas. Uma caracoletazinha na brasa, uma ameijoazinha à Bulhão Pato, até, quem sabe, um peixinho da horta, mas nada feito. Lisboa em Agosto é mesmo uma imensa paisagem… desértica. Depois de bater com o nariz em muita porta, não restou outro remédio senão rumar ao Bairro Alto.
O destino acabou por ser a Garrafeira Alfaia, onde se comeram umas tapas sim, mas acompanhadas de vinho, pois então. Cerveja aqui é palavra proscrita como fez questão de salientar o empregado que me serviu, pela expressão de pasmo que fez, quando lhe pedi uma imperial com a qual pretendia esmagar a sede que me assolava. A oferta no que toca a petiscos centra-se nos enchidos, presuntos, queijos e azeitonas. Para beber há vinho. À garrafa ou a copo. O espaço é agradável, sobretudo se se poder desfrutar da castiça esplanada. Lá dentro o ganho em privacidade paga-se com um pouco de calor a mais. O serviço, apesar de não ter comprometido, não teve, digamos, um desempenho constante. O preço é nivelado pela oferta do Bairro, ou seja, alto. Um prato com um misto de enchidos quentes, pão e quatro copos de vinhos ficaram por 30€. Veredicto: um bom local para começar a noite, mas convém não levar os giglers muito abertos.

Garrafeira Alfaia

Morada:
Lisboa, Rua do Diário de Notícias, 125
Telefone:
213433079
Horário:
Segunda a sexta das 14h00 às 01h00
Sábado das 16h00 às 01h00

quinta-feira, 23 de agosto de 2007

World Press Photo 2007

Há as categorias Sports Action, Sports Features, Contemporary Issues, Daily Life, Portraits, Arts and Entertainment e Nature, todas com imagens e histórias extraordinárias. Mas foram as Spot News, General News, People in the News, ou seja, aquilo que é notícia, que me deram um murro no estômago e que me confirmam que, como canta o outro senhor:

Something´s wrong in the world today...


Oded Balilty, Israel, The Associated Press

Arturo Rodriguez, Spain, The Associated Press

Akintunde Akinleye, Nigeria, Reuters

Mohammed Ballas, Palestinian Territories, The Associated Press

quarta-feira, 22 de agosto de 2007

Diálogos com Agostinho da Silva, de Antónia de Sousa

“Ainda hoje, sabe, quando eu passo por Barca de Alva ou Figueira Escalhão ou em qualquer um daqueles lugares, eu sinto que pertenço àquela terra.
(…)
Se eu fosse ao Algarve, antes do Algarve turístico que eu detesto, encontrava também chamado por aquele mar, por aquela costa admirável, porque minha gente também foi de lá. Se vou para o Alentejo, donde é outra minha gente, que foi pastora por lá, pois eu naturalmente também me sinto do Alentejo. De maneira que não lhe posso dizer. Se quiser dizer que sou beirão e do Porto e do Alentejo e do Algarve e de outras terras por onde tenho andado, com mais ou menos tempo, também posso dizer que sou. Não me matriculo assim.”

Nem eu.

terça-feira, 21 de agosto de 2007

Prendinhas (I)

A poucos dias do meu aniversário, acho por bem deixar aqui uma lista de presentes, não vão os meus amigos repetirem-se nas oferendas. Por coincidência, a lista completa representa a minha garagem de sonho, se tiver que me restringir a um top ten. E então reza assim:

Para as grandes viagens
BMW R 1200 RT

Para ir às compras
Vespa GTS 250

Para o monte
KTM 450 EXC

Para o monte, quando não tiver paciência para estar sempre no chão
Yamaha YFZ 450

Para ir à Vidigueira
Harley Davidson Night Rod

Para os track days
Ducati Desmosedeci RR

Para o trânsito de Lisboa
KTM Duke III

Para passeios tranquilos
Triumph Bonneville T-100

Para passeios menos tranquilos
Yamaha V-Max 1200

Porque é a Vespa mai linda do universo e, quem sabe, do mundo
Vespa 150 GL

Vá, agora cheguem-se à frente, não se acanhem.

segunda-feira, 20 de agosto de 2007

Sedinhas – Grande Escolha 2002

A segunda enoposta vai para um vinho degustado há um par de meses, o qual por fruto da boa impressão causada, ainda permanece na minha alembradura. Trata-se do Sedinhas – Grande Escolha 2002, produzido por António Caetano de Sousa e Faria Girão, na Casa das Torres, propriedade localizada na região do Douro, mais concretamente em Mesão Frio. Segundo o produtor, foram engarrafadas 10266 garrafas, sendo que pelo menos a 9830, a 9833 e a 9834 já não existem, dado terem sido consumidas durante uma refeição que reuniu alguns companheiros de armas, no restaurante Alazão, ali para os lados de Alcântara, onde é servido como vinho da casa(!), a 10,50€ a garrafa. Nessa refeição, o Sedinhas acompanhou maravilhosamente uns bifinhos grelhados de vitela barrosã, combinação que me deixou com vontade de voltar. De realçar que este restaurante comprou um total de 6400 garrafas, que somadas a alguns lotes exportados, fazem deste vinho uma raridade nos circuitos habituais de comercialização.

Férias

Portugal é Agosto
e Lisboa é paisagem

sábado, 18 de agosto de 2007

World Press Photo 2007

17 August 2007 - 09 September 2007

Horário:
De Terça a Quinta 10.00 - 20.00
Sextas e Sábados 10.00 - 22.30
Domingos 10.00 - 20.00
Encerra à Segunda

Morada:
Museu da Electricidade/Central Tejo
Fundação EDP
Av. de Brasília
Lisboa
Tel +351 21 002 81 05

Abriu ontem ao público.
Quero ver se vou lá durante a próxima semana. Será o chamado dois em um. Vejo a exposição do World Press Photo e retrato-me de uma falha que já começava a ser ridícula - nunca ter visitado o Museu da Electricidade.
Se mais alguém estiver interessado, já sabem, canais habituais.

sexta-feira, 17 de agosto de 2007

The Simpsons Movie

Realização: David Silverman
Produção: James L. Brooks, Matt Groening, Al Jean
Elenco (vozes): Dan Castellaneta (Homer), Julie Kavner (Marge), Nancy Cartwright (Bart/Maggie), Yeardley Smith (Lisa)
Nacionalidade: EUA
Ano: 2007
Título em português: Os Simpsons: O Filme

Classificação cramalheirística: * * *

(mín: * - máx: * * * * *)

quinta-feira, 16 de agosto de 2007

Antes de ir para a cama

Elvis Presley morreu há 30 anos.
E como também eu tive a minha fase "Elvis"...

Durmam bem, ou não durmam melhor.

quarta-feira, 15 de agosto de 2007

Caril de frango com espinafres e mescla de cenoura

O dia tristonho inviabilizou a ida ao Portugal dos Pequeninos. Passeios de bicicleta e outras actividades outdoor também não davam muito jeito. Solução: se Maomé não vai à montanha, vai a montanha a Maomé.
Ao almoço, um saltinho até à Índia.

Mescla de cenoura

Ingredientes

2 cenouras
3 dentes de alho
2 colheres de sopa de óleo de girassol
1 colher de sopa de azeite
Coentros em pó q.b.
Pimenta preta q.b.
Sal q.b.

Preparação

Rale as cenouras. Pique o mais finamente que puder e deite numa tijela. Junte o alho esmagado, o óleo de girassol, o azeite, o vinagre, os coentros em pó, o sal e pimenta preta. Mexa bem e reserve.

Caril de frango com espinafres

Ingredientes

750g de peito de frango
350g de espinafres
2dl de natas
4 colheres de sopa de óleo de girassol
1 cebola (aprox. 150g)
4 dentes de alho
20g de gengibre
1 colher de café de caril
1 colher de café de cominhos
1 colher de café de coentros em pó
1 colher de pimentão doce
1 colher de açafrão
½ colher de café de piri-piri em pó
3 tomates chucha (aprox. 200g)
1 ramo de salsa
Sal q.b.
Pimenta preta q.b.
1 Chapata

Preparação

Aqueça o óleo e frite a cebola picada fina. Junte os dentes de alho esmagados naquele utensílio que agora não me lembra o nome. Junte também o gengibre microscopicamente picado e as especiarias. Salteie durante dois minutos. Corte o tomate aos bocados e deite no tacho. Depois de cozinhado o tomate, aumente o lume e junte o frango cortado em pedaços grandes. Tempere de sal e pimenta a gosto e envolva. Depois de cozinhar mais uns minutos junte as natas. Quando levantar fervura novamente, junte os espinafres e a salsa muito bem picada. Retire do lume assim que começar ferver. Sirva com a chapata, com arroz basmati cozido apenas em água, sal e um fio de azeite e com a mescla de cenoura.

Ao jantar, fomos até ao Brasil. Mas isso fica para outro dia.

Quem me dera

Enquanto escrevo umas coisas, está a dar na televisão o concerto de Peter Bjorn & John, em Paredes de Coura.
Neste momento passa isto.

Ai quem me dera...

Piper-Heidsieck Brut

Continuando na temática do vinho, dou aqui início a um separador dedicado aos néctares que se notabilizaram ao passarem por este modesto gorgomilo. Não, não é crítica enófila. Não tenho aspirações a essa nobre arte. São vinhos que me souberam bem, ponto. Eventualmente poderão ser postadas outras beberagens que eu nestas coisas sou assim tipo todo-o-terreno.

Para começar então, fica aqui um exemplar de um tipo de vinho com o qual gosto de iniciar certas refeições especiais. Espumante pois claro, ou Champagne neste caso, dado que é proveniente (segundo dizem) da região com o mesmo nome.
Este Piper-Heidsieck Brut acompanhou na perfeição ostras “ao natural”, paté de sapateira e camarões tigre. Como único defeito, o preço do dito. Cerca de 30€ nos sítios do costume. Enfim… um dia não são dias.

Vinhos de Portugal, de Ceferino Carrera

A menos de um mês da época das vindimas, é tempo para dedicar os períodos de leitura à temática da vinicultura e da enofilia. Entre os manuscritos da família, e outras obras que me darão dicas para o próximo mês, destaco o livro que me acompanhará nas viagens de comboio nos próximos dias: “Vinhos de Portugal – Da vinha ao vinho – variedades e regiões”, de Ceferino Carrera.

terça-feira, 14 de agosto de 2007

Quality time

A estreia de um clássico como brincadeira que antecede a ida para a cama.

domingo, 12 de agosto de 2007

Carapaus alimados

Apesar de ser uma receita relativamente popular, principalmente no Algarve de onde é oriunda, só recentemente provei carapaus alimados. Foi durante um almoço de trabalho, num restaurante ali para os lados de Alcântara-Terra. A refeição foi muito agradável e os carapaus estavam muito bem preparados pelo que fiquei de pesquisar a receita para a preparar chez moi, o que aconteceu hoje ao almoço.
De realçar que os carapaus têm que ser comprados de véspera e que estes têm de estar bem frescos para que o prato saia bem.

Ingredientes

1kg de carapaus pequenos (aprox. 15cm)
8 batatas pequenas
4 tomates
1 cebola
1 dente de alho
1dl de azeite
5cl de vinagre de vinho tinto
Oregãos q.b.
Sal (muito)

Preparação

Arranje os carapaus retirando a cabeça e as tripas. Lave-os muito bem e coloque-os em camadas alternadas de sal e carapaus num escorredor de modo a que saia o líquido da salmoura. Guarde no frigorífico durante pelo menos 24 horas. Após este tempo os carapaus ficam ligeiramente ressequidos. Lave-os em água corrente de modo a retirar o excesso de sal. Leve ao lume uma panela grande apenas com água. Quando levantar fervura junte os carapaus e deixe cozer durante 5 minutos. Entretanto pique a cebola, o dente de alho e a salsa para uma tigela e junte o azeite e o vinagre, com um toque de oregãos. Mexa bem. Depois de os carapaus estarem cozidos retire-os para um recipiente com água fria. Entretanto ponha a cozer as batatas com casca e uma pitada de sal. Alime os carapaus, que consiste em retirar-lhes a pele, a serrilha lateral e uma ou outra espinha mais saliente. Reserve. Depois de cozidas, retire a pele às batatas e disponha numa travessa. Junte o tomate cortado às rodelas e temperado com uma pitada de sal. Coloque os carapaus por cima e cubra com a marinada de cebola e salsa.

Feijoada de feijão branco

Gosto que me façam companhia enquanto cozinho, pelo que não me importo que os meus convidados cheguem antes, ou até muito antes, dos horários normalmente estabelecidos para as refeições. Foi o que aconteceu no sábado em que confeccionei esta feijoada. O Zé e a Sónia apareceram aqui em casa eram 10:30, o que fez com que a preparação do almoço decorresse em simultâneo com umas cervejinhas na esplanada e a colocação da conversa em dia. Isto por um lado torna o acto de cozinhar ainda mais prazenteiro, mas por outro, devido às distracções, fez com que não tivesse anotado todos os passos e medidas da receita, pelo que alguns dos valores indicados não foram rigorosamente aferidos como é hábito. De qualquer das formas a feijoada estava muito boa, razão pela qual vou anotar aqui aquilo de que me lembro, para quando quiser repetir a receita ter pelo menos uma “base de trabalho”.

Ingredientes

2 orelhas de porco
1 chispe de porco
1 focinho de porco
500g de rojões de porco
1 chouriço
1kg de feijão branco
3 cenouras
2 cebolas
6 dentes de alho
2 folhas de louro
1 ramo de coentros
2dl de azeite
2,5dl vinho branco
Sal q.b.
Pimenta q. b.
Paprica q.b.
Tabasco q.b.

Preparação

De véspera, lave o feijão e deixe de molho. Arranje também as carnes, limpando muito bem e removendo as pilosidades.
No próprio dia coloque a cozer numa panela de pressão as orelhas, o chispe e o focinho.
Coza também o feijão em panela de pressão. Reserve ambas as águas das cozeduras.
Numa panela grande (bem grande) refogue ligeiramente no azeite a cebola e os alhos picados finos, junte de seguida a cenoura cortada em semi-rodelas, as rodelas de chouriço e os rojões. Vá mexendo até a carne alourar, juntando de seguida o vinho branco e o louro. Entretanto desosse o chispe e corte em pedaços a orelha e o focinho. Assim que a cenoura se apresentar ligeiramente cozida junte o feijão e de seguida as carnes. Ajuste o molho da feijoada através da adição de água da cozedura das carnes e do feijão. Rectifique o sal e tempere com paprica e tabasco a gosto. Antes de apagar, junte o ramo de coentros picado muito finamente. Envolva e deixe repousar, pelo menos 15 minutos antes de servir. Acompanhe com arroz branco.

sábado, 11 de agosto de 2007

quinta-feira, 9 de agosto de 2007

Mas quem é que anda a comer cócó?

6 Novembro
Rufus Wainwright
Coliseu
25-35€

7 Novembro
Interpol
Coliseu
25-28€

14 Novembro
Bonde do Rolê
Lisboa - Santiago Alquimista
Preço a definir

16 Novembro
Editors
Pavilhão do Restelo
Preço a definir

18 Novembro
NOFX
Local a definir
Preço a definir

19 Novembro
Marilyn Manson
Pavilhão Atlântico
25-30€

26 Novembro
Josh Rouse
Aula Magna
23-28€

Mas quem é que se lembra de trazer esta maralha toda, ainda por cima, num mês onde vai haver

ISTO

quarta-feira, 8 de agosto de 2007

Rui Guerra

Uma hora de almoço diferente.

Na Casa da Cultura da Junta de Freguesia de Santa Maria dos Olivais
R. Conselheiro Mariano de Carvalho, 67/68
Olivais Velho
Horário: das 11:00 às 13:00 e das 14:00 às 18:00

À saída, ainda houve tempo para apreciar o chafariz e o coreto de Olivais Velho, localizados na Praça da Viscondessa dos Olivais. Um cenário que nos faz esquecer que estamos a 300m da Gare do Oriente e do Parque das Nações.

segunda-feira, 6 de agosto de 2007

"Fumos"

Se fosse cicerone de um estrangeiro que quisesse conhecer a parte mais castiça de Lisboa, levava-o à tasca onde almocei hoje. Na gíria “interna” é conhecida por “Fumos”, e fica na Rua do Cascão, uma daquelas ruas íngremes entre Santa Apolónia e o Panteão Nacional. No total não cabem lá mais de 8 pessoas, e isto com boa vontade. Luxo, requinte, variedade e conforto são palavras totalmente desconhecidas. Na melhor das hipóteses, fica-se sentado em frente à ventoinha, que foi o lugar que me calhou por cortesia dos comensais que me acompanharam. A refeição consistiu em bacalhau assado na brasa, acompanhado por batatas também assadas e feijão frade. O preço é fixo para habitués (7€), e inclui, para além do prato principal, sopa, vinho, pão, fruta, café e cheirinho. Mas não foi nada do que escrevi até aqui que me cativou nesta tasca. O melhor mesmo, é ser atendido pela D. Lurdes, que com os seus raspanetes, e com o seu à-vontade típico de Alfama, nos faz sentir como se estivéssemos a almoçar em casa da avó rezingona. Um must…

domingo, 5 de agosto de 2007

Festival Sudoeste 2007 – 3º dia [Fotos]


Festival Sudoeste 2007 – 3º dia

Não foi propriamente um programa de fim-de-semana familiar convencional, mas acabou por ser um dia muito bem passado.
A tarde começou com uns Eta Carinae, ouvidos com pouca atenção enquanto se tratava da barriga. Depois houve que fazer a escolha entre Tiago Bettencourt e Air Traffic, tendo-se optado pelos últimos.

Um bom concerto, cheio de guitarras enérgicas, que serviu de aperitivo para os dois momentos altos da noite.

Sérgio Godinho, um senhor. Entre temas do mais recente “Ligação directa” e clássicos como Brilhozinho nos Olhos, e claro, O Primeiro Dia, galvanizou uma plateia entusiasmada. Terminou em apoteose com Quatro Quadras Soltas.

Patrick Wolf , um grande janado. Cantou, tocou, dançou no palco e no meio do público, saltou, atirou a guitarra, o violino, microfones e afins, trepou colunas, fez crowd surf, despiu-se (literalmente), enfim deu, não só um grande concerto, mas um grande espectáculo.

Infelizmente, Magic Position, a última do alinhamento, coincidiu com o esgotar das baterias do pirralho, pelo que aos primeiros acordes de Koop, houve que bater em retirada, para minha grande pena. Para além dos Koop, gostava de ter ouvido Groove Armada e Vanessa da Mata, mas paciência, fica para a próxima.

Máscara Ibérica

Desvanecido que está o sururu sobre integracionismos e Ibérias, menciono agora aqui uma exposição que andava para visitar há algum tempo, ensejo que acabei por lograr na passada sexta-feira. Chama-se “Máscara Ibérica” e decorre, na Estação do Rossio, até 2 de Setembro. Nela estão expostas uma série de máscaras e fatos, oriundos principalmente do Nordeste da Península Ibérica, bem como dezenas de imagens da máscara no seu contexto ritualístico. Como actividades complementares, podem-se adquirir peças de artesanato e livros sobre o tema, bem como provar vinhos e outras bebidas da casa Ramos Pinto. Se passarem pelo Rossio, aproveitem. A entrada é livre.

quinta-feira, 2 de agosto de 2007

Fora o resto

"Eu ainda acho cada dia que passa demasiado curto para todos os pensamentos que quero ter, para todos os passeios que quero dar, para todos os livros que quero ler e para todos os amigos que quero ver."
- John Burroughs

Parabéns Zeca

Faria hoje 78 anos.

O Meu 2º Festival

Depois das Bratz, do Noddy e do Ruca.

Mãe - Já dissete à tia onde é que vais no sábado?
Tia - Conta-me lá, onde é que vais!?
Pirralho - Vou ao Sudoeste ver o Patrick Wolf!
Tia - Ah é!
Pirralho - Sim, e era para ver o Mika, só que ele não comeu a sopa toda e ficou doente da garganta e já não vai.
Pai - É verdade! Sabes quem é vai lá estar também, no sábado?
Pirralho - Não!
Pai - Vê lá se adivinhas... "Hoje é o primeiro dia do resto da tua vida".
Pirralho - SÉRGIO GODIIIIINHO!!! ÉOU! ÉOU! ÉOU!

Aviso

Encontra-se diluída a raiva, e a inveja, àqueles que assistiram ao concerto da Aimee Mann, no passado dia 25 de Julho, no Coliseu dos Recreios. Como prova disso, fica aqui este clip da encantadora senhora.
Aimee: Para a próxima não falho. Juro.


Estão a ver! Estão a ver! Consegui ver isto até ao fim sem me esgadanhar.

Agora, quem vier para aqui dizer que vai hoje ao Sudoeste, assistir ao concerto de Manu Chao, não sabe ao que se habilita. Ai, não sabe não!

quarta-feira, 1 de agosto de 2007

A minha mota...

...tem o melhor som da cidade.

Tertúlia

Imagine um local onde, durante a semana, se pode almoçar a preços muito razoáveis, desfrutando de uma cozinha tradicional, sem pretensões, mas de boa qualidade. Várias centenas de nomes lhe virão à cabeça, por hipótese. Acrescente à equação a possibilidade de poder degustar um cafezinho, dos melhores lotes que Campo Maior produz, em amena cavaqueira, enquanto ouve boa música. O número inicial reduz-se. Agora imagine que nesse mesmo local, e depois de um soalheiro dia de praia, pode beber uma excelente imperial (uma só é difícil), complementada com uns belos caracóis, caracoletas assadas, amêijoas, navalhas, etc., etc. O número fica ainda mais pequeno. Imagine ainda poder assistir a um jogo dos “grandes”, em tela gigante, num ambiente digno dos mais castiços bares irlandeses, rodeado de adeptos que realmente gostam de futebol. Já ficamos com um grupo muito restrito de locais. Para finalizar, imagine um “tasco” onde 80% dos clientes são tratados pelo próprio nome, no que parece ser um café de aldeia, apesar do mesmo se localizar às portas da capital, e onde esses clientes são recebidos com simpatia pelo Hélder, pela Patrícia, e cia. lda., e em dias especiais, pela boa disposição em pessoa: Mr. Manaia. Aí só resta um nome. Chama-se Tertúlia e fica na Damaia, junto aos Correios.