sábado, 28 de junho de 2008

Um peixe chamado Pirralho

Nada como perder as estribeiras pela manhã

Vamos supor que temos uma bancada. E que nessa bancada estão sentadas umas dezenas de pessoas a ver os seus filhos, ou netos conforme o caso, a nadar numa piscina. Ainda no campo da suposição, vamos imaginar que à frente da tal bancada, há uma espécie de varandim, de onde se vê muito melhor as crianças, desde que se fique de pé mas com isso se impeça as mencionadas dezenas de pessoas de ver o que quer que seja. Pergunta: se você, caro leitor, chegasse depois das pessoas que estão sentadas na bancada, não se iria pôr à sua frente, pois não? Ainda para mais, existindo muitos lugares sentados disponíveis.

Realmente, pior que uma criancinha mal-educada, só mesmo progenitores mal-educados.

Eu te pari, tu me ensinas

Ramos Horta recusa cargo na ONU.

sexta-feira, 27 de junho de 2008

Malcolm Middleton @ Santiago Alquimista

Ontem, mais ou menos por esta altura, lá para as bandas de Alfama, um punhado de gente, pequeno mas bom, enchia o bandulho de boa música, graças à Rita e ao Kraak.

Para quem não pôde lá estar, uns videozitos do mais reles Youtuber de que há memória.

Total Belief

Week Off

Love Comes in Waves

Devil and the Angel

Caso não se tenha percebido pelos vídeos, o que não é difícil dada a fraca qualidade dos mesmos, gostei muito do concerto. Gostei muito de muitas coisas. Gostei de se estar, em pleno silêncio, a ouvir o Malcolm. Gostei de estar com todo o conforto a ver o Malcolm. Gostei das músicas arranjadas para acompanhamento exclusivo por guitarra acústica. Gostei da qualidade do som e de perceber as palavras que eram ditas, mesmo com aquele sotaque escocês, que tem tanto de castiço, como de tramado. Apesar de não ter falado com ele, gostei do Malcolm. Parece-me ser um gajo que se convida para beber uma pint e se fica em amena, mas bem disposta, cavaqueira a noite toda. E claro, gostei da companhia.

O e-trabalho liberta... dizem!

Desculpem mas o Carvalho da Silva é que tem razão! O patronato é uma raça do piorio! Na época em que vivemos, com telemóveis, wi-fi, hot spots, push mail, acesso remoto, vídeo-conferência e o rai que os parta a todos, só por pura mesquinhez é que os patrões não permitem que se trabalhe a partir da praia, de um jardim ou de uma qualquer esplanada, e nos continuam a encafuar em cubículos, atrás de secretárias, muitas vezes sem sequer ver a luz do dia. Eu sei que para certos trabalhos, ou tarefas, torna-se complicada a sua realização com recurso a teletrabalho. Tenho conhecimento, por exemplo, de dificuldades na implementação da aplicação e-assentamento-de-tijolo, entre outras, mas no meu caso a coisa é pacífica. Portanto, para mim, ó fáxavor, pode ser a esplanada do Peter’s, aquela ali para as bandas do Parque das Nações, para não dizerem que estou muito longe do local de trabalho. Ai, ai… Até já me estou a ver, a degustar o belo do gin tónico, enquanto aviava uns DMS… Pode ser? Não? A luta continua! A luta continua!

quinta-feira, 26 de junho de 2008

Boa notícia do dia

Deolinda em Almeida
22/08/2008

Tou lá!


Deolinda @ MySpace

quarta-feira, 25 de junho de 2008

Generation gap

- Vamos brincar a quê?

- Não sei. A que te apetece brincar?

- Vamos brincar aos leões!

- Como é que é isso?

- Tu eras o leão, e eu era a leoa, e eu estava grávida, e nós íamos ter um bebé que era o Simba!

- Errr… Eu preferia brincar aos moshes.

- Ó pai! És tão criança!

terça-feira, 24 de junho de 2008

Ensaio sobre a Cegueira, de José Saramago

O disco amarelo iluminou-se. Dois dos automóveis da frente aceleraram antes que o sinal vermelho aparecesse. Na passadeira de peões surgiu o desenho do homem verde. A gente que esperava começou a atravessar a rua pisando as faixas brancas pintadas na capa negra do asfalto, não há nada que menos se pareça com uma zebra, porém assim lhe chamam. Os automobilistas, impacientes, com o pé no pedal da embraiagem, mantinham em tensão os carros, avançando, recuando, como cavalos nervosos que sentissem vir no ar a chibata. Os peões já acabaram de passar, mas o sinal de caminho livre para os carros vai tardar ainda alguns segundos, há quem sustente que esta demora, aparentemente tão insignificante, se a multiplicarmos pelos milhares de semáforos existentes na cidade e pelas mudanças sucessivas das três cores de cada um, é uma das causas mais consideráveis dos engorgitamentos da circulação automóvel, ou engarrafamentos, se quisermos usar o termo corrente.
O sinal verde acendeu-se enfim, bruscamente os carros arrancaram, mas logo se notou que não tinham arrancado todos por igual. O primeiro da fila do meio está parado, deve haver ali um problema mecânico qualquer, o acelerador solto, a alavanca da caixa de velocidades que se encravou, ou uma avaria do sistema hidráulico, blocagem dos travões, falha do circuito eléctrico, se é que não se lhe acabou simplesmente a gasolina, não seria a primeira vez que se dava o caso. O novo ajuntamento de peões que está a formar-se nos passeios vê o condutor do automóvel imobilizado a esbracejar por trás do pára-brisas, enquanto os carros atrás dele buzinam frenéticos. Alguns condutores já saltaram para a rua, dispostos a empurrar o automóvel empanado para onde não fique a estorvar o trânsito, batem furiosamente nos vidros fechados, o homem que está lá dentro vira a cabeça para eles, a um lado, a outro, vê-se que grita qualquer coisa, pelos movimentos da boca percebe-se que repete uma palavra, uma não, duas, assim é realmente, consoante se vai ficar a saber quando alguém, enfim, conseguir abrir uma porta, Estou cego.

Sanjoanina

segunda-feira, 23 de junho de 2008

A notícia que eu temia

DIA 10

Palco Optimus:

Rage Against the Machine - 00H40
The Hives - 23H10
Gogol Bordello - 21H40
The National - 20H20
Spiritualized - 19H10
Galactic - 18H00
Kalashnikov - 17H00

Metro On Stage:

Boys Noize (DJ set) - 02H20
Tiga (DJ set) - 00H50
Hercules & Love Affair - 23H50
Peaches (DJ set) - 22H20
Cansei de Ser Sexy - 21H10
MGMT - 20H00
Vampire Weekend - 18H50
Sons Of Albion - 17H50
Banda Soundtribes - 17H00


E agora?
MGMT ou The National?
CSS ou Gogol?
The Hives ou Hercules?

Se fossem mas é #&%/$//!

Invisível

Quando era rapazola, o meu herói preferido era o Homem-Aranha. Perfeitamente compreensível. Apreciava o seu maior sentido de humor, quando comparado com o trombudo do Super-Homem, assim como me identificava com o facto do desgraçado ter de encher sempre com uns belos abrunhos para levar a sua avante. Quando se cresce na Buraca, aprende-se, desde novo, que não se ganha sempre e quando se ganha, sai sempre do coiro. O João Baião que o diga.

Já mais tarde, e à medida que entrava na fase da pré-adolescência, ganhei um especial interesse pelo Homem-Invisível e pela janela de oportunidades que se abria com o super-poder deste herói. Também nisto, nada de estranho. Vá, digam lá que não! Sim, sim, contem-me histórias. Quantos e quantos não continuam, mesmo como adultos, a desejar o poder da invisibilidade? Aliás, estou convicto que o poder da invisibilidade é mesmo um dos super-poderes mais desejados pela humanidade. Basta observar o número de vezes que se escuta a expressão: “gostava de ser mosca”, que, ao contrário do que eu pensava quando era pequeno, não exprime o desejo de voar, ou comer cocó, mas sim, a vontade de passar despercebido, como mais tarde percebi.

Pois bem, esta conversa toda sobre super-heróis e super-poderes só para introduzir um anúncio bombástico:

Eu, Cramalhinha da Silva, descobri o segredo da invisibilidade!

Não acreditam? Eu explico como. Montam-se numa bicicleta, aventuram-se pelas estradas e ruas deste país e já está! Continuarão a ser exactamente as mesmas pessoas: uma cabeça, um tronco, quatro membros e umas gordurinhas localizadas, no entanto é certinho que ninguém vos irá ver! Serão mais transparentes que o Homem-Invisível. Infelizmente o uso deste super-poder tem alguns inconvenientes: os peões vão atirar-se para a vossa frente, os carros abalroar-vos-ão e não vai haver camião que não tente passar-vos a ferro mas, tirando isso, é impecável. Testado e aprovado. Agora só me falta descobrir uma maneira de levar a bicicleta para o quarto da Scarlett Johanson. Tudo em prol da ciência, claro.

domingo, 22 de junho de 2008

Bailarina

Mariza, sim. Cat Power, também. Arcade Fire, sem dúvida. Dave Matthews, A Naifa, Regina Spektor, Camané, LCD Soundsystem, Sérgio Godinho, The National, todos eles e muitos mais. Mas emoção, emoção, é ver o meu pirralho, num palco, frente a uma sala lotada, a ser ovacionada de pé.

Quero os meus direitos

Ouvi dizer que um dos leitores aqui do tasco decidiu criar a sua própria saga "Oops I did it again" e logo com uma aventura que o obrigou a fazer umas centenas de quilómetros, de e para a Comporta.
Boa miúdo, tu vais longe! Só temos de acertar os royalties!

Mariza @ Santarém

- Ó pai, a Mariza?
- Já vem filha, tem calma!

Numa lógica de justiça e rotatividade democrática, este seria o concerto a que assistiriam Mrs. Crama e su madresita, enquanto eu ficaria em casa a tomar conta do pirralho. Acontece que o concerto nem começava assim tão tarde (teoricamente às 21:30) e de democrático eu tenho pouco, muito pouco. Por outro lado, já me apertava o coração, sempre que anunciava a ida a um concerto, ouvir: “E a este, eu vou contigo, pai?”. Vai daí, eram quatro bilhetes se faz favor, e toca de dar “treinos” intensivos de fado, e de Mariza, ao pirralho. Excelente decisão, para não variar. Cof, cof. Só foi pena o atraso com que o concerto começou, decorria já o período de descontos do pirralho, o que fez com que se lhe acabassem as baterias por volta da oitava música. Mas não fez mal. Aquilo que ouviu, sei que não irá esquecer tão cedo e eu, mesmo tendo de a segurar ao colo mais de metade do concerto (e filmar, e aplaudir, não é nada fácil), não me arrependi nada, na medida em que pude assistir a um concerto único e extraordinário. Um concerto que começa com um arrepio na espinha e acaba com uma lágrima a teimosamente querer saltar pelo canto do olho. Mas sobre o concerto, transcrevo a reportagem do DN.

11 mil assistiram ao arranque da digressão de Mariza

João Batista
Nuno Brites

Santarém. Monumental esgotou para ouvir fadista

Estreia do álbum 'Terra' num novo palco para actuações exteriores

Onze mil pessoas assistiram ontem à noite na Monumental de Santarém ao espectáculo que deu início à digressão mundial de Mariza.

O palco redondo montado no centro da arena da maior praça de toiros do País só voltará a ser visto em espectáculos nos recintos ao ar livre, uma vez que a estrutura foi criada propositadamente para este concerto. A estrutura, em forma de um globo azul, é uma referência directa ao novo álbum, Terra, que será lançado no dia 30.

Na noite mais curta do ano, que celebrou o solstício e o início do Verão, o ambiente foi de consagração de Mariza. Na arena de Santarém, a noite esteve fresca e estrelada, mas valeu o caloroso público que não poupou aplausos à fadista. Apesar do atraso de três quartos de hora no início do concerto, Mariza foi recebida na sua entrada em palco com uma ovação dos milhares de admiradores da artista, gritando entusiásticos "És linda!".

O alinhamento do espectáculo começou por privilegiar temas já conhecidas do público, que foi ao rubro ao som de Barco Negro, Cavaleiro Monge, Maria Lisboa ou Meu Fado Meu. Com a imensa plateia já cativada, seguiram-se as canções do novo e quarto álbum de Mariza, Terra, que até agora apenas tinha tido uma apresentação reservada no palco da Culturgest, em Lisboa, na passada semana. Estes novos temas foram muito bem recebidos, com destaque para Rosa Branca, o primeiro single do novo álbum, a merecer fortes aplausos.

Rosa Branca

Um dos momentos altos do concerto contou com a participação do músico Tito Paris. Beijo de Saudade - que sela a participação do cabo-verdiano em Terra - e Dança ma mi Crioula uniram o fado a sonoridades africanas.

Dança ma mi Criola (Tito Paris)

No final do espectáculo os 11 mil espectadores só deixaram Mariza despedir-se ao terceiro encore, em que puderam ouvir dois temas novos - Morada Aberta e, novamente, Rosa Branca - e o já consagrado Ó Gente da Minha Terra. Mariza fez-se acompanhar pelos músicos Diogo Clemente, à viola, Angelo Freire, na guitarra portuguesa, Ruben Alves, ao piano, Marina Freitas, na viola acústica, Viki, na bateria, e João Pedro Ruela, na percussão. O espectáculo foi filmado para o videoclip de promoção desta digressão mundial, que seguirá com um concerto na quinta-feira, dia 26, em Ponte de Lima.

Gente da Minha Terra

Começou, pois, da melhor maneira esta digressão mundial de Mariza. Uma casa cheia para assistir a um espectáculo memorável, em que a voz da fadista fez vibrar a Monumental de Santarém.

sábado, 21 de junho de 2008

Fui sabotado!

O electrodoméstico do demo acabou por encontrar uma nesga para se infiltrar na minha cozinha. Com argumentos como: leite-creme – 12 minutos, limonada – 10 segundos, sopa de grão com espinafres – 25 minutos, gelado de morango e banana – 5 segundos, et voilá o bicho ali a olhar para mim com ar trocista. O que é certo é que depois de uma manhã de demonstrações, o almoço foram as melhores sardinhas assadas do ano. Bimby beat that!

sexta-feira, 20 de junho de 2008

Malcolm Middleton

“Ora oube lá isto e bê se gostas.” Normalmente a conversa começa assim. Conhecer a Rita é como ter uma Indiana Jones das novidades musicais a trabalhar para mim. Depois resta-me concordar que sim, que gosto muito, ou em alternativa, que gosto muitíssimo. E isto sem favor nenhum, que gosto mesmo! Foi a última variante – a do muitíssimo – a utilizada no caso da sugestão relativa ao último álbum do Malcolm Middleton. Bastou uma audição na diagonal de Sleight Of Heart para ficar cativado com a sonoridade deste cantor escocês, agora em aventuras a solo, depois do projecto Arab Strap. Como se não bastasse, andavam já músicas como Week Off, Blue Plastic Bags e a sui generis Stay (cover irreconhecível da música da Madonna) em repeat no mp3, quando a Ervilhita anuncia que a Undergrave Productions iria trazer cá o Malcolm, para uma actuação no Santiago Alquimista. Nem bateu no chão. Foi entrada directa para a agenda do Crama e o bilhetinho já cá mora.

Agora ouçam lá o Malcolm e bejam se gostam. Se gostarem, façam um favor a vós mesmos, dando uma saltada até ao Santiago Alquimista, no próximo dia 26. Preço do bilhete: 16€. À venda na Ticketline, Fnac, Flur e Louie Louie.


Stay - Malcolm Middleton

Guiador

Ana:
Melhor que um volante. Muito melhor que um travesseiro. Quando não chove. Claro.

quinta-feira, 19 de junho de 2008

La soupe

- Pai, isso é sopa de quê?
- É sopa de alho francês.
- Blherc!
- Blherc!? Tu não estás a ver bem esta sopa! Isto é uma sopa especial! Nem imaginas o poder desta sopa! Sabes porquê?
- Porquê?
- Porque eu pus um alho francês mágico! Quem comer desta sopa fica a falar francês! Tu não queres ir à Disney?
- Quero!
- Então, tens de saber falar francês porque a Disney fica na França e só lá vão meninos crescidos que saibam falar francês! Queres ver? Vou comer uma colher para ficar a falar francês!
Depois da colherada:
- Oh la la, cette soupe est vraiment magnific! Et toi petite fille? Tu ne mange pas la soupe? Allor tu restera ici au Portugal aunque moi et maman nous allons à la Disney! Tu veux ça? Mais non...
- Agora eu, agora eu! U lá lá tchri tchró sup Disney…
- Está quase! Só mais umas colheres e ficas a falar francês tal e qual uma menina francesa!
Depois da sopa toda comida:
- Ó pai, para a próxima, fazes sopa de alho alemão?
- Inglês, filha… Vamos experimentar primeiro a de alho inglês, está bem?

quarta-feira, 18 de junho de 2008

Orquídea

Existem dezenas de histórias com sabor a fábula envolvendo orquídeas e, coincidência ou não, quase todas elas têm o amor como elemento comum. Umas dizem que eram usadas por bruxas em poções mágicas para promover o amor. Outras que a origem desta bela flor está num grande amor. Uma mais recente reza que uma orquídea doméstica só sobreviverá numa casa onde haja muito amor.
Estas nasceram por aqui.
... que las hay las hay.

terça-feira, 17 de junho de 2008

Lucas: é melhor reescreveres o 18:16

O Manuel e o Zé têm 5 anos. São gémeos. A brincadeira preferida do Manuel é andar de bicicleta enquanto o irmão lhe atira com pedras da calçada. Também gostam do vice-versa.
O Francisco tem 3 anos e é conhecido por sujar as calças e as saias das pessoas que vão à sua frente no comboio, quando está bem disposto.
O João tem 4 anos e gosta de infernizar a vida de toda a turma. Também já deu um sopapo à educadora. Os pais, “que coitadinho é hiperactivo”.
Com as criancinhas que vejo por aí, às vezes pergunto-me: como é que ainda não fomos bombardeados pelos norte-americanos, como é que não foram identificados pela CIA campos de treinos de terroristas e o nosso país catalogado como pertencente ao eixo do mal?

Constatação

Tapete Cairo e aquários não combinam.

segunda-feira, 16 de junho de 2008

Já agora...

Por falar em concertos perdidos com muita pena minha.
Por que não Feist em Vila Nova da Barquinha?
Na Golegã, vá.

Clã @ Vila Nova da Barquinha

Afinal não era um dilema. Era um trilema, pois havia ainda a problemática do jogo da selecção. A coisa resolveu-se com a ida para Vila Nova da Barquinha feita só no final da tarde, até porque o tempo não se agoirava para passeios de mota. Apesar de ter falhado as Vespas, acabou por se confirmar uma excelente decisão. O jogo foi visto numa agradável esplanada sobre o Tejo (acompanhado pelo belo do petisco), deu para passear pelo bonito parque de Vila Nova da Barquinha, visitar a feira, encontrar colegas, assistir a danças de salão e no fim… os Clã. Desde o concerto da Aula Magna, que perdi com muita pena minha, que andava de olho na tournée deste grupo, em busca de uma data compatível com a agenda dos Crama. Um pouco em cima da hora, descobri esta actuação, que não era assim tão longe de casa e que, ainda por cima, era à borlix. Pois o que posso dizer é que valeu todos os 160km feitos. Valeria só pelos Clã, ainda mais valeu pelo fim de dia muito bem passado.
Da actuação dos Clã, pouco posso acrescentar ao que já toda a gente sabe: a banda de Manuela Azevedo, perdão Manuela Animal de Palco Azevedo, é fantástica e os concertos são sempre de grande qualidade. Alternando músicas do último álbum – Cintura – com êxitos mais antigos como H2omem, GTI, Corda Bamba ou Sopro do Coração foram quase duas horas de grande pujança que agora me fazem temer pelo dia de amanhã. Ficam dois videozitos fraquinhos para (não) variar.





PS - Rita: ainda não parei de me vergastar. SORRY! :(

sábado, 14 de junho de 2008

Dilema

9:30 – Concentração de Vespas

22:30 – Clã ao vivo

O que fazer durante 12 horas em Vila Nova da Barquinha?

Euro 2008

O árbitro apita para o final da partida. Na minha sala sobram agora os despojos de mais um jogo de futebol. Garrafas de cerveja, batatas fritas, tremoços, caixas de gelados…
Sinceramente não sei o que faz pior à saúde: se jogar futebol ou vê-lo na televisão.
O que vale é que isto é só de 2 em 2 anos.

sexta-feira, 13 de junho de 2008

No elevador da glória

O comboio pára. De cada uma das portas, apressa-se uma pequena multidão que invade a plataforma. O dia está a chegar ao fim, e a ânsia de chegar a casa impõe o passo acelerado. A maior parte dos passageiros faz-se às escadas que servem de acesso à passagem superior. Um grupo mais pequeno flecte para o elevador formando um pelotão muito heterogéneo. Na frente, seguem autênticos atletas urbanos, em ritmo de marcha olímpica. Para trás, e apesar do esforço, ficam os chamados “de mobilidade reduzida”. O vencedor desta nanomaratona, fruto de um sprint final avassalador, carrega no botão de chamada. As portas abrem-se e ele instala-se no fundo da cabine de aço inox, esbaforido mas visivelmente satisfeito. Seguem-se-lhe o segundo e a terceira que vão ocupar, ao lado do campeão, os seus lugares num pódio que só existe na cabeça deles. Em acto contínuo entra o restante top ten. Ao 11º, a máquina reclama. Tem de sair, humilhado. Junta-se aos cinco últimos classificados que não conseguiram um dos tão almejados lugares. Entre eles, um velhote curvado pelo reumático, uma senhora com um bebé num carrinho e uma outra grávida.

Pela janela do comboio, assisto à cena com uma sensação de déjà-vu, de tal forma ela se repete no passar dos dias. É triste mas é um facto: na modalidade “Falta de Civismo” estamos fadados a ser um país de campeões.

quinta-feira, 12 de junho de 2008

Lituma nos Andes, de Mario Vargas Llosa

Palavra de honra

Nunca, jamais, em tempo algum, tomarei um café no Starbucks - Lisboa.

A pedido de várias famílias...

... e porque na verdade tenho pena de não ter lá estado.



Rais parta, nunca mais sai o subsídio festivaleiro!
Acho que vou bloquear uma estrada. Talvez aquela entre a Malhada Sorda e Porto de Ovelha. Vai ser trigo limpo!

quarta-feira, 11 de junho de 2008

Mariza

O arranque oficial de TERRA, a nova tournée mundial de MARIZA tem a sua primeira apresentação dia 21 de Junho na Monumental Celestino Graça em Santarém para uma lotação de 14.000 pessoas.

Esta é a oportunidade única de ver ou rever MARIZA, e conhecer os temas do novo CD TERRA antes de a artista partir para o estrangeiro, onde no mês de Julho já tem em agenda vários concertos em Espanha, nomeadamente Madrid e Barcelona. Mais tarde TERRA vai passar pela Finlândia, Bélgica, Holanda, Reino Unido e França entre outros.

Mariza como nunca a viu!

Bilhetes entre 5€ e 30€.

Fonte: Ticketline

Saiam umas litradas de biodiesel

Depois de ver o cenário de caos em várias bombas de gasolina, acho que está na hora de mudar a base da dieta familiar para pasteis de bacalhau, rissóis e batatas fritas.

Alguém com óleo de frituras de que se queira ver livre?

Nada como prepará-los para o futuro

- Pai, o que vais pôr?
- Espera que já vês.


Com os primeiros acordes:
- Para que é que estás a pôr tão alto?
- É para ouvirmos melhor.
- Pai… - diz com ar de preocupada - Isto é música de…
- Pois é! - Fito-a com um riso de malícia.
- Pai, tens de ter calma, olha que eu ainda tenho um restinho de comida na barriga.
- Eu dou-te a calma.
- MOSH AO PAI!!!
- MOSH AO PIRRALHO!!!

terça-feira, 10 de junho de 2008

Grátis


Sabem onde é que podem encontrar pés de Vallisneria americana (natans) grátis, mas mesmo grátis, mesmo mesmo grátis, grátis que até chateiam de tão grátis que são, sabem, sabem?

Mail para o endereço no perfil.
Entregas em Lisboa na zona do Parque das Nações.

segunda-feira, 9 de junho de 2008

E se de repente uma desconhecida…

te devolve a carteira esquecida no banco do comboio…
isso é…
algo para se ficar bastante agradecido.

E é assim, em jeito de agradecimento, que deixo o clip com uma das músicas que a prestável jovem escutou durante a viagem. Um bem-haja a ela.



Este episódio fez-me recordar umas palavras do Jeremy Clarkson, apresentador do Top Gear da BBC, a propósito do ensaio a um Saab. Dizia ele que o carro sueco, quando comparado com um BMW equivalente, é inferior em quase todos os aspectos, no entanto rematava: “... but people who buy Saabs are nicer”. Pois hoje sou eu digo: “... people who listen to I’m From Barcelona are nicer”.

Feira da Agricultura 2008 - Santarém

Em teoria, trata-se de uma feira cuja temática é a agricultura, na prática é um evento com tantas atracções que valerá sempre a pena uma visita, mesmo que nunca se tenha sido apresentado a uma enxada, ou que não se saiba distinguir um mertolenga de um cruzado charolês. Para a criançada então, é um fartote. Bicharada, animações, guloseimas... uma desgraça para qualquer pai. Fora isso, só faz falta um programa musical de qualidade, ou pelo menos com algumas alternativas de qualidade. Pode ser que para o ano...

sábado, 7 de junho de 2008

Ambrósio you suck!

Minuto 10 da segunda parte.
- Tens de o trincar mais ao meio.
- Assim?
- Isso. Agora põe-o na minha boca e aperta.
- Consegui!
- Boa! Está mesmo bom! És uma grande descascadora de tremoços!
- Pois sou!
- Olha, acabou-se a cerveja. Vai à cozinha e traz-me outra da porta do frigorífico, se faz favor.
- Oh pai…
- Vá lá!
Passados uns segundos.
- Está aqui.
- Obrigado filha! Mas está fechada! Como é que a abro?
Não acredito que saiba o que é a chave das caricas, muito menos encontrá-la no meio de uma gaveta cheia de utensílios de cozinha, mas passados uns segundos está de novo na sala.
- Aqui tens!
- Oh minha querida! És a filha que qualquer pai gostaria de ter!
- Pois sou!
Este vai ser um grande Europeu!

Se os tarecos não vão à montanha...

A afirmação pode apanhar de surpresa alguns dos que me conhecem mas é um facto que não posso negar: Acredito piamente na existência, e na veracidade, de fenómenos paranormais. Apesar de céptico por natureza, tive de dar o braço a torcer, na medida em que só esta área obscura do conhecimento humano explica algo que me acontece sempre que entro numa loja FNAC.

Inexplicavelmente, mas invariavelmente, sempre que me desloco a lojas desta cadeia francesa, deparo-me com uma infinidade de objectos que me pertencem e cujo seu lugar é, ou melhor, devia ser no recesso do meu lar. Exemplos dessa lista que não tem fim: um livro do Umberto Eco, o CD dos Couple Coffee, a box dos Radiohead, a colecção em DVD dos filmes do Woody Allen, o Zeppelin da B&W, o novo MacBook da Apple, aquela objectiva macro da Canon, isto só para mencionar alguns dos objectos que fui encontrar na última visita que fiz, muito rapidamente, à FNAC do Alegro.

A princípio ainda cheguei a pensar que se tratava do trabalho de um ladrãozeco com alguma tara esquisita que, qual formiguinha diligente, se entretinha, noites a fio, a carregar os meus queridos pertences para aqueles antros do consumismo, mas depois de instalar um alarme XPTO em casa, fiquei mesmo convencido que tudo não passa de uma estranha migração Harrypotteriana, destinada a levar este muggle à loucura. Mais estranho ainda, é o processo pelo qual tenho de passar, sempre que quero reaver algumas das minhas coisinhas. Trata-se de um ritual verdadeiramente kafkiano que envolve uns papelinhos numerados de várias cores ou, em alternativa, uma ginástica esotérica que consiste num conjunto de movimentos complexos que culminam na passagem de um pedaço de plástico numa caixa mágica com uma ranhura, seguido da execução de uma curta peça para piano tocada num teclado esquisito.

Como sou um gajo prático, e farto que estou de remar contra a maré, decidi propor à administração da FNAC uma permuta imobiliária envolvendo a minha casa e uma das suas lojas. Aquilo é só construir uma cozinha (que pode muito bem ficar na zona das caixas), uma adega (que pode ficar na zona das reclamações), arranjar um cantinho para pôr um par de camas e ala com os Crama para uma FNAC perto de si. Case solved.

Portanto já sabem, se daqui por uns tempos passarem pelas bandas da… digamos… assim uma maneirinha… a FNAC – Chiado e sentirem um belo cheirinho a comida, sou eu que estou em casa a cozinhar. Nessa altura batam à porta, para além do petisco, tenho muito com que vos entreter.

Não digo cortar os pulsos mas a esta hora, com a dose certa de cerveja...


sexta-feira, 6 de junho de 2008

Vou só ali cortar os pulsos, volto já #2

Vou só ali cortar os pulsos, volto já #1

Do passeio a Mafra

- Olá, então conta lá como foi o teu dia?
- Fui passear a Mafra, com os colegas da escola!
- A sério! E o que é que viste?
- Vi uma sala assustadora, com cabeças de veados com cornos muito grandes!
- Ena pá!
- E vi a sala do Rei!
- Foi! E como é que se chamava o Rei?
- Não sei, eles não disseram, ele já tinha morrido...

quinta-feira, 5 de junho de 2008

E se de repente...

uma desconhecida te dá um abraço...
isso é...


Durmam bem, ou não durmam melhor.

Feira da Agricultura


No Centro Nacional de Exposições, em Santarém.
De 7 a 15 de Junho.
Mais informações aqui.

terça-feira, 3 de junho de 2008

Eu vou!

Quando, daqui por uns tempos, a Rita e o Kraak aparecerem em todos os telejornais, a braços com a Autoridade da Concorrência, por quererem de uma assentada comprar a Everything is New e a Música no Coração, eu hei-de mostrar este convite ao Pirralho, nessa altura "praí" com uns 6 anos: “Vês filha, eu estive lá quando estes gajos lançaram a empresa…”

Não esquecer

Pôr o açúcar.

Mexer.

Beber o café.

Repito: pôr o açúcar.

PS – O que vale é que havia uma queijadinha de chocolate para salvar as minhas papilas gustativas.

segunda-feira, 2 de junho de 2008

New blogger in town

- Olha, ontem foi o Dia da Criança e esqueceste-te de fazer o post no blog!
- Pois foi!
- Queres escrever hoje?
- Sim, põe lá isso tudo branco para eu escrever.

Gostei muito de ir ao fluviário.
Fui levar lá dois bichinhos.
Almocei a ver as lontras.
Recebi a cama e a cómoda da Barbie.

- Esta é a última escrevição, está bem pai?
- Só isso? E não queres pôr um filme, ou uma música?
- Sim, está bem.
- Então escolhe lá.
- Um da Cat Power.
- Da Cat Power? Qual?
- Um que tu gostes.
- Da Cat Power não, que o pai já pôs há pouco tempo. Escolhe outro.
- Da Regina “Speckel”.
- Da Regina! Qual?
- O ta-na-na.

domingo, 1 de junho de 2008

A transferência

Antímio e Fofinha para o Fluviário de Mora. A transferência mais cara da época. Só eu sei quanto me custou comunicar ao Pirralho que dois dos seus “amiguinhos” iam sair de casa. Ironicamente o processo, que se iniciou vai para dois meses, consumou-se exactamente no dia da criança. De qualquer forma e como se costuma dizer: tudo está bem quando acaba bem. Os bichinhos mudaram-se para espaços maiores e têm agora a companhia de vários “amiguinhos”. Por outro lado, regressou-se ao Fluviário, o que é sempre um prazer, desta vez com direito a visita guiada às suas "entranhas" na companhia do seu biólogo coordenador. Um dia muito bem passado.



Para compensar ainda, à chegada a casa tínhamos à nossa espera um frasco contendo cerca de 30 camarões Neocaridina denticulata sinensis (Red Cherry), gentilmente cedidos pelo colega JM da sua criação pessoal, e que agora são a nova coqueluche do aquário principal.