terça-feira, 13 de abril de 2010

Thor

Parece que cócegas no cérebro é maleita contagiosa. Um dos colegas envolvidos nisto, veio ter comigo propondo-me o seguinte:
- A empresa tem um armazém num local algo isolado, onde se guardam materiais de valor considerável.
- Sim...
- Esse armazém só está guarnecido nos dias úteis, das 8:00 às 17:00, pelo que, apesar do sistema de alarme é, esporadicamente, alvo de visitas dos amigos do alheio.
- Sim...
- Falei com o chefe para se contratar serviços de vigilância humana...
- E...
- Nada feito. Diz que a vidinha anda pela hora da morte.
- OK, e qual é a ideia?
- Um cão.
- Espaço?
- Enorme e vedado.
- Quem toma conta do cão... limpeza... banhos?
- Eu e malta do armazém.
- Comida?
- Já tratei. Fulano patrocina.
- Casota?
- Sicrano faz.
- E onde é que eu entro nisso?
- Bom, você apadrinhava a ideia junto do Director e... arranjava-nos o cão.
Ou seja, basicamente precisavam do gajo dos contactos. A parte do Director foi fácil. Basta mencionar as palavras mágicas “sem custos para a empresa” e a carta é praticamente branca. Faltava o cão. Dois ou três telefonemas e estava a ser simpaticamente recebido na Focinhos & Bigodes. Depois de algumas conversas, consumou-se a adopção, ou será melhor dizer contratação, de um cachorro com cerca de um ano, que foi encontrado a agonizar numa lixeira com uma fractura exposta numa pata, tinha ele na altura seis meses. Agora, totalmente recomposto e com ótimo aspecto é o meu mais recente colega. Apresento-vos o Thor.

E o seu posto de trabalho.

1 comentário:

doce e bela disse...

Fantástico! Adorei a história e o gesto! O thor parace lindo e meigo apesar do trabalho de segurança!

Parabéns pela iniciativa!