segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Sem ela, sinto-me nu


Quando era gaiato, há um par de meses portanto, gostava de gozar com as mulheres em geral e com a minha mãe em particular, por andarem sempre carregadas de malas e saquinhos atafulhados de tudo e mais alguma coisa.
Na passada sexta-feira, ao receber de volta a malfadada pasta, deixada nas Caldas, e ao rever o seu conteúdo, dei por mim a pensar na forma engenhosa que o destino arranjou para me chamar… ora deixa ver qual é o termo… sim, é parvo mesmo. Imaginei também o que teriam pensado os meus quatro colegas que, em regime de estafeta, fizeram o obséquio de me a fazer chegar, caso a tivessem aberto e contemplado o seu interior. É que se há algo que prova a minha perfeita anormalidade, isso é, com certeza, o conteúdo da minha pasta. Por fora, parece uma vulgar pasta para portátil, em pele castanha. Por dentro… bem, lá dentro vem aquilo que, hoje em dia, considero indispensável para sair à rua, num vulgar dia de trabalho e que é, basicamente, tudo menos um portátil. A saber: carteira com documentos, cartões e dinheiro, chaves de casa num porta-chaves-canivete-suiço-pen-usb, chaves de casa dos pais, pacote de lenços de papel, pen usb, canivete dos petiscos de alta estima comprado em Vila Nova da Baronia e que anda sempre comigo, leitor mp3, estojo com lapiseiras, esferográficas e caneta, auricular bluetooth, carregador do auricular bluetooth, busca-pólos electrónico, chave multi-usos (fendas e philips), 2 canivetes suíços (um de 9 funções incluindo alicate e outro de 10 funções), guarda-chuva, panamá impermeável, caderno de anotações, telemóvel-palmtop, auricular do telemóvel, um livro para a leitura diária e uma catrefada de papeis de proveniência incerta e destino desconhecido. Isto nos dias normais. Num dia em que precise de levar o portátil, junte-se então mais uma pasta com o dito, respectivo carregador, rato, disco portátil, meia dúzia de discos graváveis e mais uma ou duas pens just in case.
Penso que é claro agora, para aqueles que me chamam de cabeça-de-alho-chocho, que eu não sou um gajo esquecido. O que se passa é que tenho muito de que me esquecer!

3 comentários:

Anónimo disse...

Primo...fico agora muito mais tranquila...afinal...runs in the family!!!

Crama disse...

Também tu!?
Com quantos canivetes é que andas na mala?

Anónimo disse...

:-))

Um dia mostro-te o conteúdo da minha mala...e...vais ficar sem palavras...

As melhoras da Mrs Crama!!