Meia volta aparecem-me, aqui por casa, uns tipos que trabalham em empresas produtoras de conteúdos media, para virem recolher ideias para programas televisivos. Eu até nem me importo, desde que eles se comprometam a manterem-me fora do alcance dos holofotes do mediatismo, coisa que até à data, têm conseguido cumprir.
Acontece normalmente que depois de ver o resultado final, tal e qual ele vai para o ar, fico sempre um pouco desiludido. Um desses casos, foi o de um programa de culinária chamado Oliver’s Twist.
A ideia surgiu como é óbvio das minhas habilidades gastronómicas e da forma como eu as ponho em prática, nos fins-de-semana. Os tais tipos da produtora andaram por aqui, tiraram notas, e pensaram para os seus botões: “Ora o que é que temos: um gajo com pinta de janado, que vai às compras de scooter, carrega toda a porcaria que lhe vem à cabeça, depois enfiasse na cozinha, ajavarda tudo o que o rodeia e, para finalizar, da tal cozinha, agora semi-destruída, aparecem uns pratos que (de vez em quando) nem saem assim tão mal”. E posto isto lá foram eles à sua vidinha.
Quando tinham o episódio piloto pronto, chamaram-me para ver se aprovava o formato. E foi aí que o caldo se entornou. É que se o conceito base até estava muito lá, já a falta de primor nos detalhes deixou-me completamente passado.
Primeiro foram arranjar um inglês, Jamie Não-Sei-O-Quê, para protagonista. Perante os meus protestos, brandidos do alto da minha portuguesidade, responderam-me: “ Ah e tal, tens de ver que tu e a tua cozinha são muito à frente, e o mercado português ainda não está preparado para ti”. Tive de lhes dar razão. Um programa onde se explica como fazer Pato Assado Perfeito com Molho de Mel e Ostras, só mesmo falado em inglês.
Outra falha gravíssima é que eu para me deslocar às compras recorro a uma genuína PX 125 E Arcobaleno de 89, enquanto o pobre do bife tem de andar a aspirar a velha Albion aos comandos de um tupperware. Orçamento oblige, foi o que me disseram.
Para finalizar, e como o tal Jamie por mais que se esforce não me chega aos calcanhares, têm de contratar convidados para lá irem, no final do programa, fingir que comem os pratos, enquanto eu tenho listas de espera de amigos e familiares, que não se importam de servirem de cobaias humanas, nas minhas experiências pantagruélicas.
Moral da história: se precisam de uns conselhos para fazerem um prato especial e não têm net à mão, ok vão lá ver o Jamie, caso contrário venham aqui, pois vou começar a postar neste blog algumas das minhas experiências culinárias.
Acontece normalmente que depois de ver o resultado final, tal e qual ele vai para o ar, fico sempre um pouco desiludido. Um desses casos, foi o de um programa de culinária chamado Oliver’s Twist.
A ideia surgiu como é óbvio das minhas habilidades gastronómicas e da forma como eu as ponho em prática, nos fins-de-semana. Os tais tipos da produtora andaram por aqui, tiraram notas, e pensaram para os seus botões: “Ora o que é que temos: um gajo com pinta de janado, que vai às compras de scooter, carrega toda a porcaria que lhe vem à cabeça, depois enfiasse na cozinha, ajavarda tudo o que o rodeia e, para finalizar, da tal cozinha, agora semi-destruída, aparecem uns pratos que (de vez em quando) nem saem assim tão mal”. E posto isto lá foram eles à sua vidinha.
Quando tinham o episódio piloto pronto, chamaram-me para ver se aprovava o formato. E foi aí que o caldo se entornou. É que se o conceito base até estava muito lá, já a falta de primor nos detalhes deixou-me completamente passado.
Primeiro foram arranjar um inglês, Jamie Não-Sei-O-Quê, para protagonista. Perante os meus protestos, brandidos do alto da minha portuguesidade, responderam-me: “ Ah e tal, tens de ver que tu e a tua cozinha são muito à frente, e o mercado português ainda não está preparado para ti”. Tive de lhes dar razão. Um programa onde se explica como fazer Pato Assado Perfeito com Molho de Mel e Ostras, só mesmo falado em inglês.
Outra falha gravíssima é que eu para me deslocar às compras recorro a uma genuína PX 125 E Arcobaleno de 89, enquanto o pobre do bife tem de andar a aspirar a velha Albion aos comandos de um tupperware. Orçamento oblige, foi o que me disseram.
Para finalizar, e como o tal Jamie por mais que se esforce não me chega aos calcanhares, têm de contratar convidados para lá irem, no final do programa, fingir que comem os pratos, enquanto eu tenho listas de espera de amigos e familiares, que não se importam de servirem de cobaias humanas, nas minhas experiências pantagruélicas.
Moral da história: se precisam de uns conselhos para fazerem um prato especial e não têm net à mão, ok vão lá ver o Jamie, caso contrário venham aqui, pois vou começar a postar neste blog algumas das minhas experiências culinárias.
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