terça-feira, 6 de novembro de 2007

Mais uma para a Mrs. Crama contar aos netos

Era uma vez um menino que era um cabeça-de-alho-chocho.
Um dia esse menino esqueceu-se de actualizar a assinatura do comboio, mas lembrou-se a tempo de tirar um bilhete.
“Que belo menino que eu sou! Já não sou um cabeça-de-alho-chocho!” - pensou o menino.
No final do dia, o menino ficou de comprar peixe para o jantar de toda a família, que o aguardava, em sua casa. Só que o menino, depois de comprar o peixe, distraiu-se e apanhou o comboio errado.
O revisor apareceu e disse que o bilhete não servia e que aquele comboio nem parava na estação do menino.
O menino ficou muito triste e aflito.
O revisor ficou com pena do menino e não lhe passou uma multa, mas disse-lhe que ele teria de comprar um bilhete, em Santarém, e que só estaria de volta a casa, duas horas depois.
O menino ainda ficou mais triste e aflito. Afinal ainda era um cabeça-de-alho-chocho.
O menino telefonou para a menina e pediu que o seu pai o fosse buscar a Santarém, pois ainda assim chegaria a casa mais rápido.
O pai do menino pôs-se a caminho de Santarém.
Quando o comboio estava quase a chegar à estação do menino, teve de parar, para deixar passar um comboio mais rápido.
O menino lembrou-se então de pedir ao revisor se este não lhe podia abrir a porta para ele sair.
O revisor disse que não podia abrir a porta.
O menino fez uma cara muito triste e foi-se sentar outra vez no seu lugar.
O revisor teve tanta pena do menino que foi pedir ao maquinista que parasse o comboio na estação, para o menino puder sair.
O menino ficou muito feliz e agradeceu muito ao revisor. Depois ligou para a menina a saber se o seu pai já tinha saído.
O pai do menino já ia no Cartaxo, mas deu meia volta e eles jantaram felizes para sempre.

4 comentários:

Anónimo disse...

eheheheheh

se me contassem esta história, eu diria logo: conheço a personagem principal...

Anónimo disse...

Ele ainda há revisores muito simpáticos!
SA

Crama disse...

Anónimo: Tu queres falar...

SA: Pois há! E não são poucos. Eu pelo menos não tenho razão nenhuma de queixa, antes pelo contrário.

Anónimo disse...

Só faltava deixar o peixe no comboio, depois do menino ter arrancado com o carro para o Porto e ter deixado a menina em terra sem dar conta já acredito em tudo...