domingo, 10 de fevereiro de 2008

David Fonseca @ Olga Cadaval - Sintra

Memorável, simplesmente memorável, a noite de sexta-feira, no Olga Cadaval. Um concerto que superou totalmente as minhas, já de si elevadas, expectativas.

Duas grandes vozes num espectáculo tecnicamente perfeito. Um som como já não me lembrava de ouvir. Forte q.b., definido, equilibrado, sem ruídos nem feedback… excelente. O único defeito mesmo, foram aquelas cadeiras, que impossibilitaram que o publico desfrutasse como devia de ser – a dançar – e que só foram vencidas na passagem de Vídeo Killed The Rádio Star para The 80’s.

Mas comecemos pelo início. Eram dez horas (só pela pontualidade ganhou logo pontos), quando o David Fonseca, num gesto bonito, subiu ao palco para desejar as boas noites e apresentar a Rita Redshoes. Grande espectáculo também da Rita a abrir o apetite para o seu primeiro álbum a lançar brevemente. Ficamos à espera.

Finda a actuação da Rita, e quase sem quebras, entra o David pela plateia e, como os Arcade Fire, no Olympia de Paris, entoa a primeira música - Dreams In Color - no meio do público, acompanhado apenas da guitarra. Enquanto isto, os roadies acabam as montagens naquele que deve ser o mais impressionante palco de um artista português. Luzes, cinemaescope, bola de espelhos e um arranjo cuidado das colocações e das movimentações em palco fazem do concerto do David Fonseca um espectáculo com uma componente visual muito forte.

Depois da subida ao palco seguiu-se uma série quase sem quebras de 4th Chance, Our Hearts Will Beat As One, uma cover de Song To The Siren (Tim Buckley), Who are U? e Someone That Cannot Love. Um grande arranque.

A anteceder Superstars II, um momento que introduz a terceira faceta do espectáculo. Não satisfeito com as componentes som e imagem, o David, com o seu humor fácil, ainda brinda o público com “conversas” ao nível do melhor stand-up comedy nacional. A versão de Umbrella em assobio, o carteiro, os ladrões e o ferro de engomar debaixo da cama substituído pela raquete de ténis. Isto senhores, é entretenimento ao melhor nível.

Continuando com a música seguiu-se mais uma série fortíssima com Silent Void, Kiss Me, Oh Kiss Me (antecedida por mais uma relato cómico com uma empregada de hotel à mistura), Hold Still (com a Rita Redshoes novamente em destaque), Rocket Man, Disco Song e o ponto alto do concerto, o tal que fez toda a gente levantar os rabos das cadeiras, com Vídeo Killed The Rádio Star e The 80’s.

Adeus, Não Afastes Os Teus Olhos terminou o concerto, ou melhor, a primeira parte do concerto. Perante a ovação de pé, o David regressou sozinho, e depois de Eu não sei dizer(?) e de mais uma conversa, desta vez sobre discos ouvidos em noites mal dormidas, tocou covers acústicas de Billie Jean (Michael Jackson) e Fire (Bruce Springsteen). Já com a banda novamente em palco seguiu-se See The World Trough You(?), Angelsong (a primeira música escrita pelo David) e o final em apoteose com All Day And All Of The Night dos Kinks. Perante mais uma ovação de pé ainda houve tempo para mais um encore, com a repetição do Superstars II, em jeito de despedida.

Para recordar esta grande noite, ficam aqui alguns vídeos. Bem hajam quem os gravou.





PS - Esqueci-me de mencionar o grande, grande momento que foi a cover acústica da música do Dartacão e os três Moscãoteiros. Está mencionado.

4 comentários:

rita maria josefina disse...

uau...
isto dá vontade de cortar os pulsos a quem não foi..

Crama disse...

Cortar os pulsos não digo. Afinal ainda há uma série de datas, algumas relativamente perto, que podes aproveitar, sendo o ponto alto da digressão o dia 12/4, no Coliseu dos Recreios... ah espera! Dia 12 já tens (temos) algo, não é? :)
Como é que estamos de lâminas?

rita maria josefina disse...

e como se tudo isso não bastasse, na fnac, está a venda uma edição super hiper mega especial do álbum dele, com t shirts, fotos, e UM PASSE PARA O COLISEU!!
laminas? não passam de hoje!!!!!

Crama disse...

Também vi essa edição e cheguei mesmo a pensar em fazer o pré-registo mas depois de conferir a data do concerto...
Temos pena mas afinal os The Bleeps são os The Bleeps.