terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Zen e a arte de alimar um carapau

Com uma tesoura de amanhar peixe bem afiada, cortam-se as barbatanas peitorais junto ao corpo. De igual modo, cortam-se as barbatanas pélvicas. De seguida cortam-se as barbatanas anal e dorsal, sempre no sentido da cauda para a cabeça. Corta-se também o meato urogenital. Faz-se uma incisão a partir do ânus em direcção à cabeça mantendo a união do abdómen nas duas ou três primeiras costelas. Enfia-se um dedo na incisão e retiram-se todos os orgãos tendo o cuidado de não os danificar dentro do abdómen. Lava-se a abertura abdominal e todo o peixe. Separa-se a cabeça, iniciando o corte na base do crânio do lado da zona dorsal, junto à união com a coluna dorsal, contornando depois pelos opérculos até à zona abdominal. Lava-se novamente a zona do corte passando um dedo na abertura criada entre o abdómen e a zona das brânquias removendo daí qualquer vestígio de orgão interno. Deixa-se escorrer e coloca-se em salmoura durante 24 horas a uma temperatura de 5ºC. Todas estas operações devem ser feitas segurando o peixe numa das mãos, com força suficiente para não escorregar mas com o cuidado de não o apertar, o que tornaria a sua carne mole.


O meu almoço de amanhã vai ter muita qualidade. Ó se vai!

Sem comentários: